Nem todos são o que parecem ser
Na ativa, cobri diversos eventos de invasão de espaços públicos. Ordens de Reintegração de Posse e Despejos. Fui beneficiado pela sorte. Nunca cheguei a presenciar atos de violência física contra invasores. Pelo menos nos moldes convencionais para a época, quando normalmente a polícia "chegava batendo".
Único caso - Há quem lembre da invasão da Fazenda Bauru, entre o final do bairro Taquari e Estrada do Amapá. Lá pelos idos de 2002. Eu estava lá. Fui testemunha ocular e sem "escamotear" nada possa afirmar que as agressões partiram dos próprios invasores. A partir daí, tudo fugiu do controle.
Nós da imprensa, também não "entramos na peia" porque prudentemente nos mantivemos distância. Fiquei de longe só clicando o disparador da câmara fotográfica. A equipe da TV Gazeta, comandada pela colega Dulcinéia Azevedo se encarregou de gravar imagens que se ainda estiveram arquivadas podem testemunhar meu depoimento..
Fiz uma foto que ganharia qualquer prêmio, mas sua publicação não interessava a editoria do jornal. Foi para o lixo da história.
Um Policial Militar em meio a confusão protegia uma criança de aproximadamente três anos. A colocou entre suas próprias pernas e gritava a todo pulmão, para que os demais tivessem cuidado com a criança.
Um Policial Militar em meio a confusão protegia uma criança de aproximadamente três anos. A colocou entre suas próprias pernas e gritava a todo pulmão, para que os demais tivessem cuidado com a criança.
A foto ficou linda. Um gesto de amor que se sobrepunha a tudo que acontecia naquela momento. Essa imagem, como já disse, nunca foi publicada.
A verdade que não foi publicada
Alguém liga para o jornal e fala da ação de invasão, do despejo e do conflito que estava se iniciado. Jornal e TV Gazeta funcionavam no mesmo prédio. Portanto partiu uma equipe de cada veiculo de comunicação. Eu e a colega Dulcinéia Azevedo Lá nos deparamos com um bom número de PM e maior quantidade de invasores.
Cada grupo posicionado a cinco metros de uma marca delimitando os espaços, feitos por finos pedaços de madeira. Era como se dois lutadores estivessem sobre um ring, esperando tocar o gongo para iniciar a luta.
Cada grupo posicionado a cinco metros de uma marca delimitando os espaços, feitos por finos pedaços de madeira. Era como se dois lutadores estivessem sobre um ring, esperando tocar o gongo para iniciar a luta.
Até parece que os invasores haviam ensaiado! Assim que chegamos ao local, armados com "cabos" de enxadas, machados e troncos de pau, partiram para cima dos integrantes do pelotão da PM.
Estes não apenas revidaram como aproveitaram para externar o lado ruir de cada um. Tudo saiu do controle. O comandante do destacamento determinou a prisão do autor inicial do ataque. Os demais invasores queriam a todo custo, libertá-lo. Bem.
O que saiu no jornal
No dia seguinte, a manchete do jornal - inventada, modificada, copidescada e apimentada - pelo então editor jornalista Chico Araújo -, dizia: "A polícia usou de extrema violência contra pessoas humildes, que queriam apenas um teto para morar. Um ato de extrema violência e covardia, que deve ser apurado com rigor pelo Ministério Público". E blá...blá.. Nenhuma linha do meu texto. Estava fraco comercialmente.
Até o bispo Dom Moacir deu depoimento condenando à ação da PM.
Até o bispo Dom Moacir deu depoimento condenando à ação da PM.
Cheguei a ser hostilizado na redação, porque escrevi no meu texto: "Foram os invasores responsáveis pela violência ocorrida no local".
Pelas mentiras publicadas no jornal, passei dias evitando encontro com policiais envolvidos no episódio. Um dia, ao entrar no Pronto Socorro, ouvir alguém gritar para que todos pudessem ouvir.
- Mentiroso! Irresponsável..!
Era um PM que tirava plantão no box da PM do Pronto Socorro que havia me reconhecido. Maior vexame.. Ossos do ofício!
Garanto que os jornalistas que estão saíndo da faculdade, nem imaginam que um dia possam passar por isso. Não fazem idéia como é o dia a dia de uma redação.
Pelas mentiras publicadas no jornal, passei dias evitando encontro com policiais envolvidos no episódio. Um dia, ao entrar no Pronto Socorro, ouvir alguém gritar para que todos pudessem ouvir.
- Mentiroso! Irresponsável..!
Era um PM que tirava plantão no box da PM do Pronto Socorro que havia me reconhecido. Maior vexame.. Ossos do ofício!
Garanto que os jornalistas que estão saíndo da faculdade, nem imaginam que um dia possam passar por isso. Não fazem idéia como é o dia a dia de uma redação.
OS INVASORES DA HORA
Casas concluídas, pintadas e prontas para morar. Apenas a espera que algum "iluminado" diga ao governador que já podem ser entregues. Mais de dois anos sem solução. Um chamariz para invasores. Gente geralmente pobre, humilde, desinformada e louca por um cantinho para morar.
Lideradas por opositores politicos do governo, querendo fazer barulho e sacanear. Ivasores profissionais. Incitam a violência e saem de fininho para longe do barulho na hora que a poliocia chega. Jamais pegam um simples empurrão da polícia.
Lideradas por opositores politicos do governo, querendo fazer barulho e sacanear. Ivasores profissionais. Incitam a violência e saem de fininho para longe do barulho na hora que a poliocia chega. Jamais pegam um simples empurrão da polícia.
E ele que chama a imprensa, dá entrevistas. Escolhe o melhor lote para ele e seus parentes. É o puxador de samba, a rainha da bateria. O foco das atenções.
Lidera alas de desesperados por moradia. Ele é o principal beneficiado. Sacramentada a invasão, vende os lotes ou os imóveis que separou para si. Com o lucro da venda compra casa, moto, carro e eletro doméstico. Paga as contas, arruma a própria vida.
Depois é só escolher a próxima vitima. Que importância tem, se forem propriedades públicas ou de particular?
Quem conhece a história do Seringal Catapará (próximo a Plácido de Castro)? Os invasores quebraram arames. Construiram casas dentro do pasto do propretário e cada "assembleia", os "líderes" matam as reses da própria fazenda invadida para alimentar "os companheiros".
Sou contra invasões. Defendo o direito a moradia digna da forma como reza a constituição. Acredito que a população deve se unir de forma pacifica e organizada, para reivindicar seus direitros. Obrigando o Estado doar casas para quem precisa.
Mas Invadir? Isso é coisa de bandido . E, bandido bom... é bandido.. Deixa para lá! Se não alguém pode pedir minha prisão. Mais sobre o assunto acesse o link a seguir:
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