Cieps forma novas turmas de
agentes da segurança pública
Escrito por Val Sales
15-Jul-2012
Um corpo de policiais preparados para gerenciar crises e atender os casos considerando suas especificidades
O Centro Integrado de Ensino e Pesquisa em Segurança Pública
(Cieps) Francisco Mangabeira tem sido um dos fatores determinantes da elevação
do nível de confiança e de aproximação das comunidades para com as polícias do
Estado. Pelo local, diariamente, transitam centenas de agentes em formação e
treinamento de qualificação para o trato com o cidadão de bem e com a
criminalidade. Um corpo preparado para gerenciar crises e atender os casos
considerando suas especificidades.
Inaugurado em 2008, pelo ex-governador Binho Marques, o centro não funciona apenas como um instrumento formador de profissionais em segurança, mas, por servidores aptos ao desempenho ético de suas funções como homens e mulheres públicos. O quadro de cursos das últimas semanas envolve agentes do trânsito, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, além do pessoal que veio de outros Estados do país para aprimorar seus conhecimentos na área de inteligência.
ALUNOS se tornam agentes multiplicadores
e promotores de
segurança pública
A diretora geral do Cieps, Gisele Gabriel Gadelha, lembra
que a maioria dos alunos já desenvolve funções em seus respectivos setores e
está na sala de aula para adquirir maior qualificação. Ela explica que o Centro
atende ao Sistema Integrado de Segurança Pública, que é formado pela Polícia
Militar, Civil, Corpo de Bombeiros, Detran e Instituto de Administração
Penitenciária do Acre (Iapen). “O Centro acolhe e coloca em prática a
determinação do governo do Estado em aperfeiçoar o trabalho de um dos setores
de grande importância de sua gestão: a segurança do cidadão”, acentua.
Gisele Gadelha destaca que o Cieps está realizando
simultaneamente seis cursos de formação e qualificação, voltados ainda para 120
agentes do Iapen, 150 policiais militares (Policiamento Comunitário) - junto
com representantes de bairros - e 70 agentes do Detran, que aprimoram o
trabalho de fiscalização e monitoramento de trânsito urbano. O Curso de
Inteligência, ministrados por um grupo de instrutores de Brasília, conta com 40
operadores da segurança das regiões de fronteira, o que inclui policiais
militares, civis e federais.
Investimento na
qualidade do serviço
“Estes servidores, após o curso, terão um tratamento
diferenciado na abordagem dos condutores”, acentua. Ele destaca ainda que o
curso de promotor de policia comunitária faz parte da nova grade curricular
implantada pela PM/AC para formação de agentes. “São 150 alunos soldados que
sairão do Cieps melhor preparados. Estes agentes já irão atuar na campanha de
enfretamento ao crack”, acrescenta.
Para Graebner, o investimento é uma demonstração do zelo que
o governador Tião Viana tem para com nossos cidadãos. “Coloca nas ruas policiais
capacitados e treinados para tratar a população com mais respeito e
humanidade”, inclui.
Qualificação nacional
Reni Graebner diz que em menos de dois anos a Secretaria
Nacional de Segurança Pública – Senasp mandou para o Acre um grupo
significativo de diretores de inteligência das polícias Civil, Militar e
Federal dos onze Estados localizados em região de fronteira e inseridos no
plano de Estratégia Nacional de Segurança Púbica na Fronteira – Enafron.
“Na ultima sexta-feira foi encerrado no Cieps um curso de
Produção de Conhecimentos, com a apresentação de uma mensagem especial gravada
em vídeo pela assessora Giovana Marques de Oliveira e a Secretária Regina Mink.
Isso demonstra o respeito que o Estado Acre tem dentro do Ministério da
Justiça”, relata o gestor acreano. (Nonato de Souza - Ascom/SESP).
Cuidado com as áreas de fronteiras
O Curso de Inteligência, voltado para operadores de
segurança das regiões de fronteira, conta com a participação de agentes do
Acre, Rondônia, Amazonas, Pará, Mato Grosso do Sul, Paraná Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e Brasília. A ação visa fortalecer o trabalho de combate à
criminalidade nas áreas de fronteira do país, especialmente nos Estados que
exigem maior empenho devido a distancia e outras dificuldades de acesso.
O investimento, segundo a diretora do Cieps, Gisele Gadelha,
é fruto de acordos realizados entre os governos dos Estados e o governo
federal. “O investimento faz parte da Estratégia Nacional de Segurança de
Fronteira (Enafron). O Estado requisita a intervenção através de projetos e o
governo federal injeta o recurso necessário”, detalha. O objetivo é gerar
estrutura que facilite a realização do trabalho e qualifique o pessoal para
realiza-lo.
O que é a Enafron
A Estratégia Nacional de Segurança de Fronteira (Rnafron) é
uma iniciativa da presidente Dilma Rousseff e executada pela Secretaria
Nacional de Segurança Pública (Senasp). A ação visa combater os crimes
característicos das fronteiras, como o contrabando de armas e munições,
incluindo o narcotráfico, o tráfico de pessoas, os crimes ambientais e o roubo
de cargas e veículos.
A fronteira brasileira compreende 27% do território nacional e atinge 11 Estados, entre os quais o Acre. São 150 quilômetros de largura e 16.886 quilômetros de extensão, passando por dez países. A chamada “Linha Seca”, ou seja, via terrestre, compreende 7.363 quilômetros e por via marítima, mais 9.523 quilômetros, cortando rios, lagos e canais por entre 588 municípios, sendo 122 limítrofes. O projeto Enafron alcança diretamente 10,9 milhões de habitantes.
Psicologia no trânsito
O chefe da Coordenadoria Integrada de Fiscalização de Trânsito, Herbson Souza, lembra que o curso de formação promovido pelo Detran nas instalações do Cieps, envolve agentes do setor e policiais militares. “As disciplinas estão voltadas para a fiscalização, a legislação e o gerenciamento de conflitos nas ruas. O pessoal aprende a fazer abordagens mais humanas e eficazes – a chamada Psicologia do trânsito”, explica ele, ao ressaltar que a qualificação fortalece a prestação de um serviço de melhor qualidade. “A intenção do Departamento de Trânsito é continuar com cursos periódicos para melhorar o contato com a população”, finaliza.
Maior aproximação com as comunidades
“Esse pessoal trabalha mais com a prevenção do que com a repressão”, diz o major Almir Lopes de Souza, instrutor do curso de policiamento comunitário, referindo-se ao fato de os alunos se tornarem agentes multiplicadores e promotores de segurança pública. “Eles devem morar na área onde atuam para ter um conhecimento maior da vida da comunidade. Irão promover a aproximação com o cidadão”, acrescenta.
Segundo o instrutor, as equipes estão sendo preparadas para
tratar as situações de risco e de vulnerabilidade de forma diferenciada. “Nesta
semana estão sendo formados 75 agentes. Na próxima semana teremos outros 75 em
sala de aula”, acentua. No próximo dia 23 terá início do Curso de Cabos do
Corpo de Bombeiros em duas turmas, sendo uma em Rio Branco e outra em Cruzeiro
do Sul.
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