Comissão quer criar alternativas
para o setor agrícola do Estado
RIO BRANCO - Na sexta-feira, 26, aconteceu a segunda reunião do Fórum Permanente de Discussão da Agricultura Familiar no Estado do Acre. Técnicos, extensionistas, engenheiros e um secretário de Estado estiveram reunidos no escritório do Sindicato e Organizações das Cooperativas Brasileiras do Estado do Acre (OCB) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Acre – SESCOOP. A primeira reunião do Fórum aconteceu dia 19, no auditório do hotel Pinheiro.
A idéia do Fórum é reunir pessoas capacitadas para construção de políticas, sugestões e projetos viáveis que possam apontar rumos concretos para o desenvolvimento da agricultura em nosso Estado, dando suporte a programas já consolidados como, por exemplo, o Programa de Agricultura Familiar do Governo Federal, ainda incipiente no Estado por falta de incentivos ao produtor rural, foco principal do programa.
Um desses incentivos foi sugerido pelo deputado federal Fernando Melo (PT-AC), autor da iniciativa da criação do Fórum e leito pelos demais integrantes da “comissão”, com o presidente. O vice-presidente é o agrônomo Diones Salla e a secretária, a economista doméstica Vera Gurgel.
Melo quer a criação do ICMS verde, mais ou menos nos moldes do selo verde, em referência a madeira extraída na Amazônia de forma Legal. Pelo projeto teriam incentivos fiscais e redução de impostos como ICMS. O produtor rural que investisse em culturas consorciadas e de sub existência. O morador urbano ganharia redução de IPTU se investisse no cultivo de hortaliças e fruteiras em fundo de quintal. A idéia de tal proposta seria a produção de alimento e a contribuição para o aumento h2O na atmosfera.
Fernando Melo é autor de importantes projetos para o setor agrícola do Estado do Acre. Direcionou mais de 8 milhões de suas emendas individuais para o setor. Quer contribuir para o melhoramento de ramais, construções de pontes e na aquisição de patrulhas mecanizadas.
Em 2008 direcionou recursos de emendas para aquisição de 200 micros tratores Tocatas, para beneficiamento de áreas já destocadas em todos os municípios do Estado. Priorizou esforços para liberação de recursos de suas emendas para a implantação de um Centro de Tecnologia da Mandioca, na Embrapa-Acre.
“Este centro servirá para treinar produtores a extrair os múltiplos benefícios e produtos oferecidos pela mandioca. Hoje esse aproveitamento está restrito a produção de farinha. Á desperdícios totais de folhas e caule (que podem ser usados na fabricação de ração para os pequenos animais da propriedade) E demais benefícios que tanto podem ter aproveitamento para comercialização (como a fécula para mistura da massa de trigo para fabricação de pães) ou o tucupi, como fertilizante do solo”.
A comissão de notáveis que compõe o Fórum, (entre extensionistas, mestres e doutores) também foca projetos alternativos nas áreas da agroindústria, pescado e de alternativas energéticas. Querem eliminar os “gargalos que emperram a agricultura no Estado.
A falta de ramais para escoamento da produção agrícola, por exemplo, tem uma solução apresentada pelo diretor presidente da Embrapa-Acre doutor Hudson Valentin. Ele defende o aproveitamento de um projeto executado com sucesso na década de 80. “Construção de silos para armazenagem na propriedade evitando a perda da produção e sua retirada no período de estiagem nem nenhum risco”.
A liberação de crédito dentro de critérios que analise a potencialidade do solo em relação ao que se pretende produzir, bem como o perfil de quem vai plantar. Evitando o endividamento dos pequenos produtores.
"É o começo de um trabalho que poderá significar a construção de uma política agrária para o Estado. Isso significa que temos idéias, e a viabilidade dos projetos permitirá que o governo crie e aplique um instrumento eficaz", opinou o doutor em agra energia Diones Assis Salla. "É uma equipe completa, experiente, que percebe carências no meio rural, mas acredita em estratégias para dinamizar o atendimento ao setor", garante o deputado.
A idéia de Melo é apoiar o diagnóstico completo que o grupo pretende elaborar até 2010 para as políticas públicas do setor. "Em que condições o peixe é capturado? O que falta para melhorar o aproveitamento do pescado? Nesse fórum, poderemos traçar rumos, porque sobram idéias e faltam ações na produção de alimentos, na pesca e na aquicultura." (com a colaboração de Montezuma Cruz)
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