Quando em pesquisa para cumprimento de pauta sobre pessoas desaparecidas no Acre fiquei surpreso com a quantidade que eu imaginava só existir noutras partes o País.
Eram cerca de 370 pessoas com registro de desaparecimento naquele ano. Acredito que era em 97 ou 98.
Diante de minha surpresa à autoridade consultada explicou que ainda haviam os casos de subnotificações e esclareceu que mais de 50% dos casos, “as pessoas eram encontradas, mas que a família, por vergonha ou temendo preconceito não retornavam à delegacia para suspender o registro e elas continuavam lá, como desaparecidas”.
O caso da moça recém desaparecida no bairro do Bosque e reencontrada três dias após na casa de uma “amiga”, me trouxe a lembrança esse assunto. O “amiga” entre aspas para referência do caso da moça do Bosque não significa que ela estivesse noutro canto mas o fato é que essa é regra das desculpas para as adolescentes.
É a mais comum, quando resolvem fugir de casa em companhia de amigas ou namorados, dando vazão a uma paixão que não resiste ao primeiro dia de fome.A família na maioria dos casos, não admite mas sabe que seu ente, não estava desaparecido coisa alguma.
Aciona a polícia apenas para causar e “salvar” a menina das garras do gavião devorador de criancinhas.Calejados e experientes em lidar com esse tipo de ocorrência, os policiais nem se dão ao trabalho de sair procurando pois sabem que, assim como nos casos dos afogados, no prazo máximo de 3 dias o “defunto boia”.
Infelizmente existem os casos com desfechos terríveis para as famílias. Os relatos e casos mencionados, não apenas os mais corriqueiros.
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