Privatizada a fábrica e preservativos,
quais serão os ganhos
do povo empreendedor?
Antes da inauguração da
Fábrica de Preservativos Natex em abril de 2008, em Xapuri, estive acompanhando
um deputo federal o PT em visita para conhecimento das demandas e base de apresentação
de futuras emendas parlamentar, possibilitando
o funcionamento pleno da fábrica.
Ouvimos da equipe técnica de
instalação, que ali estavam equipamentos de ponta existentes em fábricas
similares em qualquer outro lugar do mundo. E ainda assistimos uma apresentação do processão
de fabricação dos preservativos, desde o preparo químico do látex até o setor de embalagens.
Saímos todos bem impressionados e cientes que o governo estava no caminho certo.
O único ponto obscuro veio
de minhas conversas com um grupo de seringueiros responsáveis pelo
abastecimento da matéria prima.
Reclamavam que o único compromisso
do Governo para com eles, era a garantia de compra e o transporte do leite de um ponto até onde pudesse circular o carro coletor. No resto, era como sempre estiveram: “Embrenhados” na mata trabalhando feito
escravos e ganhando a merreca e sempre
Eles não tinham carteira
assinada, contrato de trabalho e nenhuma garantia trabalhista. Segundo o que
foi publicado, o Ministério da Saúde desembolsou cerca de R$ 30 milhões com o
empreendimento. Além dos R$ 15,7 milhões aplicados entre 2005 e 2008 para a
implantação da fábrica. O que chama atenção é o altíssimo investimento R$ 13,5
milhões para o “desenvolvimento de pesquisas de prevenção à Aids e à
capacitação técnica de 500 extrativistas da região”.
Como assim, pesquisa e
prevenção à Aids? Quando a fábrica foi criada não havia mais nada a ser pesquisado
sobre Aids. A fábrica era ordenada para uma campanha de preventiva que perdura
até hoje. E a capacitação técnica de 500 seringueiros da região? Querem nos
fazer crer que algum tecnocrata vai treinar seringueiro a “cortar seringa”?
A ideia do comentário não é
criticar a iniciava da implantação da fábrica.
Objetiva tão somente torcer para
a fábrica, agora privatizada, crie uma relação de trabalho com os seringueiros e
lhes garanta os mesmos critérios dados aos demais trabalhadores.
Que abandonem o sistema de
escravidão branca implantado pelo “Governo da Floresta” e que a fábrica se
desenvolva. Cresça e gere muito
empregos. Afinal, quem gosta do Acre, não poder torcer para o insucesso de inciativas
tão boas.
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