quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Clamor coletivo




Famílias do Beco Pantanal sonham

com obras da “Operação Cidade”

Um clamor coletivo tenta sensibilizar o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim. Vem em forma de abaixo assinado por dez famílias, habitantes de um “beco sem saída”, que os próprios batizaram de Pantanal. Eles querem os benefícios do programa “Operação Cidade”.

Localizado nos limites dos bairros Glória e Sobral o Beco Pantanal ganhou status de rua e serve de endereços para famílias. Lembram que a ultima intervenção pública aconteceu há 16 anos. As obras se iniciaram e foram paralisadas na administração do prefeito Jorge Viana.

“São apenas 40 manilhas de um metro de diâmetros e algumas carradas de barro”. Lembra o morador Carlos Soares Cruz, morador do nº 231. Os reiterados apelos, reclamações, ofícios e manifestações públicas, têm sido em vão na tentativa de chamar atenção dos administradores públicos.

O Beco Pantanal está na lista de endereços oficiais. E, portanto existe. Pelo menos para Eletroacre e Saerb e até para Prefeitura no envio de faturas de água, luz e IPTU.
As crianças são mais penalizadas. São levadas seguidamente aos postos de saúde com vermes, micoses, hepatites... Habituaram-se a praticar “pedra ao alvo” nas ratazanas robustas a desafiá-los no cruzamento frenético de uma residência a outra sobre as passagens de madeiras construídas pelas famílias.

Sob os trapiches esgotos sanitários in natura das famílias da Rua Men de Sá, se misturam aos dejetos das próprias famílias do beco. Viram poços e fermentam ao sol exalando odor só suportável a olfatos curtidos e “calejados”.

Rosinete Viera Torres, moradora da casa 225, conhece o drama como poucos. Afinal, há 22 anos se mudou para o local “quando isso aqui era apenas charco de água e muito mato”.
Marlene Silva Marques, do número 234, avalia: “eu só podia está louca quando troquei minha casa no bairro João Eduardo para vir morar nesse “beco fedido”. Mas justifica: “lá não tinha água, fui forçada a tomar decisão tão desastrada”.

Afirma que os riscos aumentam com as chuvas: ”Isso aqui se transforma em igarapé com forte correnteza. Você precisa vê a quantidade de “muçum” (uma espécie de cobra d’água não peçonhenta) que as crianças matam após as chuvas. Não há explicações para não sermos beneficiados com o programa da prefeitura “Operação Cidade”.

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