Vamos plantar, colher, transportar
e vender, para vida melhorar
O berço da revolução acreana, palco de memoráveis batalhas entre o exercito de Plácido de Castro e os bolivianos, o município de Porto Acre vive parado no tempo.
Não tem ou pelo menos - até o ano passado - não tinha uma agencia de correios, banco e pasmem, telefone.
Sua história, mesmo sendo contada em capítulos de seriado produzido pela toda poderosa rede globo de televisão, para o Brasil e o mundo (Amazônia de Galvez a Chico Mendes), serviu para alavancar o progresso ou pelo manos, para seus governantes aproveitarem a cidade cinegráfica construída pela Globo, como atração turística. Está tudo em ruínas.
Um povo sem história, sem futuro. Apenas passado, com relíquias da guerra amontoados em um “museu” de três metros quadrados. Uma lástima..., se querem saber..
Mas porque vem agora esse assunto? Pergunta o leitor. É que estamos em época política. Quando tudo se transforma. As dificuldades são vencidas com extrema facilidade e não há lugar para choradeira. Quem sabe, agora vai?
Esse dias, assisti no horário da propaganda eleitoral destinado a Coligação Produzir Para Empregar, o candidato majoritário Tião Bocalon, deslanchar contra o atual governo, que aqui nada se produz. Tudo que consumimos é importado de Rondônia, para o governo cobrar impostos.
Que nosso produtor não é tratado com respeito. Mas que no seu governo será a vez do homem do campo. Irá valorizar o produtor para que ele produza alimentos e reduza custos do arroz, feijão, milho. Blá...blá... blá.
Em 2008 estive acompanhado um político - para qual prestava assessoria, em uma reunião onde ele discutia democraticamente com a sociedade civil organizada, o direcionamento de suas emendas individuais.
A reunião aconteceu na sala de reuniões da Câmara de Vereadores. Na platéia, muitas lideranças rurais. Á atração principal foi o depoimento de um pequeno produtor rural. Comovente, triste e...vergonhoso.
Disse o produtor:
“Há dois anos criei coragem e estimulado pela propaganda oficial fiz um empréstimo no banco para planar 4 mil pés de mamão papaia. Parambulei a pé por diversos supermercado de Rio Branco e consegui garantir comercializar toda produção.
Era só amarrar “boi na sombra” e esperara a safra. Isso ocorreu em pleno inverno. Os ramais ficaram intrafegáveis até para animais. Os burros atolavam com lama acima dos joelhos.
E prossegue: “Da varanda da minha casa, assisti impotente a “pipira” devorar toda produção de mamão. Não conseguir salvar nem uma caixa de mamão. Como resultado fiquei endividado. Estou sendo cobrado pelo Banco, sem ter de onde tirar para honrar meus compromissos”.
E fez um desabafo: “Hoje estou numa situação que não tenho o suficiente para comprar dois metros de cordas para me enforcar”. Ponto
Agora nós outra vez. O candidato Bocalon finge não saber da intrafegabilidade dos ramais para escoamento da produção. Não diz como vai garantir ramal trafegável no inverno, época da colheita das safras. Sabe que no Acre não tem cascalho, nem pedra brita para recuperar ou pavimentar ramais. Sem escoamento da produção, pouco importa quantas toneladas de alimentos estejam estocadas nas colônias. Se não chega a feira em Rio Branco vai se estragar.
Quando o candidato Bocalon mostrar uma solução real para esse enorme problema, garanto que terá conquistado mais um eleitor. EU.
Até lá, vamos de Jorge, Edvaldo e Tião. Porque como bem diz o candidato Tiririca. “Pior que do que tá, não vai ficar”
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