Um conjunto de mazelas
onde todos são culpados!
Mas em se tratando de Rio Branco, cuja população não chega ser a existente em uma favela do Rio de Janeiro, o caso chega a ser considerado “de grandes proporções”.
As causas da carnificina seriam várias. A priori não se vê durante os finais de semana, um único agente de trânsito em plantão nos principais cruzamentos da cidade.
Noutros dias da semana é comum vê-los em possantes motocicletas, às vezes sendo ultrapassados por condutores em velocidade superior a permitida.
Alheios a tudo a sua volta, ignoram veículos estacionados em locais proibidos, com falta de assessórios e equipamentos obrigatórios e até com faróis e setas queimadas, com a mesma naturalidade dos que não têm nada com isso.
Em blitz, porém, são rigorosos. Vistoriam do extintor de incêndio ao triângulo, condições dos rodantes e até se o condutor está usando sandália de “dedos”. Ninguém escapa de uma notificação ou multa, para os menos esclarecidos.
Na outra ponta, estão os condutores em suas duas categorias distintas. O “lerdo” e o “arrojado”. O primeiro emperra o trânsito. Trafega no eixo da pista e não permite ultrapassagem. Não deixa fluir o tráfego de veículos e acredita cegamente que semáforo foi feito exclusivamente para ele. Espera o último milésimo de segundo para tirar o pé da embreagem. Assim só ele consegue passar. O resto... bem, o resto fica para a próxima.
Já a segunda categoria se equipara ao condutor de um bólido deste de competição para romper a barreira do som. Ameaçam os demais condutores. Coloca pedestre para correr e adora mostrar aos motociclistas quem é que manda no trânsito.
No semáforo, encosta ao teu lado, te fecha na hora de arrancar com estardalhaço de ranger de pneus. Empurra os demais para o lado. Os obriga saí da frente. São literalmente “os caras”. Acham que todos são “babacas”. Nem se importam com o adesivo no carro ao lado afirmando: “eu comi o cara”.
Enfim, as mortes no transito tem culpados sim. Mas não é pela falta de agentes, ação da direção do órgão, falta de ruas etc. É um conjunto de mazelas onde todos são culpados. Exemplo: Esta semana um jovem de 26 morreu em acidente de moto ao bater de rosto no meio fio após perder a direção do veículo. Seu carona, uma garota de 19 anos ficou gravemente ferida.
Os dois estariam bebendo em um bar e foram encontrar com amigos noutro ponto da cidade. Motoqueiro e garupa estavam encharcados de bebida alcoólica.
E não me venham com esta balela de campanha educativa. Ninguém convence burro velho no campo, que o milho foi plantado para alimentar as galinhas.
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