segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Mortes no Trânsito

Um conjunto de mazelas

onde todos são culpados!

Dos 288 acidentes registrados no site do DETRAN-Ac em 2008, pelo menos 59 tiveram vitimas fatais. Para uma grande metrópole, onde ocorre uma média de 12 acidentes fatais por final de semana, esses números seriam realmente inexpressivos.

Mas em se tratando de Rio Branco, cuja população não chega ser a existente em uma favela do Rio de Janeiro, o caso chega a ser considerado “de grandes proporções”.

As causas da carnificina seriam várias. A priori não se vê durante os finais de semana, um único agente de trânsito em plantão nos principais cruzamentos da cidade.

Noutros dias da semana é comum vê-los em possantes motocicletas, às vezes sendo ultrapassados por condutores em velocidade superior a permitida.

Alheios a tudo a sua volta, ignoram veículos estacionados em locais proibidos, com falta de assessórios e equipamentos obrigatórios e até com faróis e setas queimadas, com a mesma naturalidade dos que não têm nada com isso.

Em blitz, porém, são rigorosos. Vistoriam do extintor de incêndio ao triângulo, condições dos rodantes e até se o condutor está usando sandália de “dedos”. Ninguém escapa de uma notificação ou multa, para os menos esclarecidos.

Na outra ponta, estão os condutores em suas duas categorias distintas. O “lerdo” e o “arrojado”. O primeiro emperra o trânsito. Trafega no eixo da pista e não permite ultrapassagem. Não deixa fluir o tráfego de veículos e acredita cegamente que semáforo foi feito exclusivamente para ele. Espera o último milésimo de segundo para tirar o pé da embreagem. Assim só ele consegue passar. O resto... bem, o resto fica para a próxima.

Já a segunda categoria se equipara ao condutor de um bólido deste de competição para romper a barreira do som. Ameaçam os demais condutores. Coloca pedestre para correr e adora mostrar aos motociclistas quem é que manda no trânsito.

No semáforo, encosta ao teu lado, te fecha na hora de arrancar com estardalhaço de ranger de pneus. Empurra os demais para o lado. Os obriga saí da frente. São literalmente “os caras”. Acham que todos são “babacas”. Nem se importam com o adesivo no carro ao lado afirmando: “eu comi o cara”.

Enfim, as mortes no transito tem culpados sim. Mas não é pela falta de agentes, ação da direção do órgão, falta de ruas etc. É um conjunto de mazelas onde todos são culpados. Exemplo: Esta semana um jovem de 26 morreu em acidente de moto ao bater de rosto no meio fio após perder a direção do veículo. Seu carona, uma garota de 19 anos ficou gravemente ferida.

Os dois estariam bebendo em um bar e foram encontrar com amigos noutro ponto da cidade. Motoqueiro e garupa estavam encharcados de bebida alcoólica.

E não me venham com esta balela de campanha educativa. Ninguém convence burro velho no campo, que o milho foi plantado para alimentar as galinhas.

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