A nossa greve de cada eleição
Aqui, nossos mestres em mais uma grevezinha básica, porque ninguém é de ferro..
A professora e doutora em geografia pela Universidade Federal do Acre - UFAC, Elza Pinheiro (aposentada) minha prima de sangue e amiga de fé, perguntada se os professores ganhavam tão ruim para justificar as muitas greves que faziam na década de 90, me respondeu:
“Pelo contrário primo. Acho até que ganhamos muito bem. Mas como a maioria decidi por greve, somos sugestionados à aderir em solidariedade e para não ficarmos mau diante dos colegas. A verdade é que a maioria aproveita a greve para tratar de assuntos particulares e até fazer curtas viagens, dependendo da duração do movimento”.
Isso explica porque uma categoria com mais de .1300 servidores, pouco mais (ou menos) de 200 estão presentes nas manifestações públicas. O que mudou e o que diferencia aquele momento de hoje?.. Nada.
Os professores ganham pouco? Não, pelo contrário. Em relação aos demais servidores, são até privilegiados. Ocorre que esse é o momento (ano de eleitora) de passar dias fora das salas de aula sem riscos de ter o salário descontando em faltas. O que ganham com isso? Folga de dias de trabalho e a possibilidade de ganhar aumento salarial.
No rastro do “preju”, os alunos e por tabela, seus pais. Alunos, porque há uma quebra de rotina no processo de aprendizado. Aos pais, porque ficam impedidos de qualquer programa que inclua lazer aos finais de semana porque é imposta aos filhos a condição de freqüentar aulas nos fins de semana para repor a falta dos mestres.
Quem paga a conta? Qualquer um, menos os professores. Eles creditam nos fazer um enorme favor pela profissão que escolheram, e por ensinarem nossos filhos.
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