quinta-feira, 14 de julho de 2016

Privatização da Natex

Privatizada a fábrica e preservativos, quais serão os ganhos

do povo empreendedor?



Antes da inauguração da Fábrica de Preservativos Natex em abril de 2008, em Xapuri, estive acompanhando um deputo federal o PT em visita para conhecimento das demandas e base de apresentação de futuras emendas parlamentar, possibilitando  o funcionamento pleno da fábrica.

Ouvimos da equipe técnica de instalação, que ali estavam equipamentos de ponta existentes em fábricas similares em qualquer outro lugar do mundo.  E ainda assistimos uma apresentação do processão de fabricação dos preservativos, desde o preparo químico do látex até o setor de embalagens. Saímos todos bem impressionados e cientes que o governo estava no caminho certo.

O único ponto obscuro veio de minhas conversas com um grupo de seringueiros responsáveis pelo abastecimento da matéria prima.

Reclamavam que o único compromisso do Governo para com eles, era a garantia de compra e o transporte do leite  de um ponto até onde pudesse circular  o carro coletor.  No resto, era como sempre estiveram:  “Embrenhados” na mata trabalhando feito escravos e ganhando a merreca e  sempre

Eles não tinham carteira assinada, contrato de trabalho e nenhuma garantia trabalhista. Segundo o que foi publicado, o Ministério da Saúde desembolsou cerca de R$ 30 milhões com o empreendimento. Além dos R$ 15,7 milhões aplicados entre 2005 e 2008 para a implantação da fábrica. O que chama atenção é o altíssimo investimento R$ 13,5 milhões para o “desenvolvimento de pesquisas de prevenção à Aids e à capacitação técnica de 500 extrativistas da região”.

Como assim, pesquisa e prevenção à Aids? Quando a fábrica foi criada não havia mais nada a ser pesquisado sobre Aids. A fábrica era ordenada para uma campanha de preventiva que perdura até hoje. E a capacitação técnica de 500 seringueiros da região? Querem nos fazer crer que algum tecnocrata vai treinar seringueiro a “cortar seringa”?
A ideia do comentário não é criticar a iniciava da implantação da fábrica. 

Objetiva tão somente torcer para a fábrica, agora privatizada, crie uma relação de trabalho com os seringueiros e lhes garanta os mesmos critérios dados aos demais trabalhadores.
Que abandonem o sistema de escravidão branca implantado pelo “Governo da Floresta” e que a fábrica se desenvolva.  Cresça e gere muito empregos. Afinal, quem gosta do Acre, não poder torcer para o insucesso de inciativas tão boas.


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