sexta-feira, 22 de julho de 2016

Sinteac, a “Espinha na Garganta” do governador


A Nota de Repúdio da direção do Sinteac, republicada no pé da página, me estimulou a seguinte reflexão:

Desde que perdeu o privilégio de nomear diretores de Escolas, o Governo está com o Sinteac na garganta. Não o engole e nem regurgita mas sonha em manter sob suas rédeas, o maior sindicato do Acre. 
Não está tão remoto o tempo em que os Sindicatos do Acre eram apenas um dos braços do Partido dos Trabalhadores. Faziam oposição raivosa contra os partidos de direita que governavam o Acre. Todos eram aspirantes dos mesmos desejos. Derrubar os governos corruptos, criar um governo progressista, com ética e intransigente com a corrupção.
Os Governantes na época eram bons em proteger apadrinhados, mas péssimos em mobilização, articulação política e promoção de novas lideranças. O PT dava aulas nestas matérias.
Assim, logo que chegou ao poder formou uma força poderosa com o mando de todos os sindicatos e suas manifestações públicas, tinham algo de espetacular.
Antes, porém “agasalhou sob seus cobertores”, primeiro os companheiros de infância, de faculdades... parentes, amigos e filhos dos amigos. Mas sobrou uma enorme massa de militantes de base. Estes se sentem como saldados abandonados em frente de batalhas, restando-lhes apenas a camisa rasgada, suada e poluída de tantas guerras...

Trava-se aí, uma batalha sem precedentes por espaços. Cada um querendo sua fatia no bolo.  Primeiro, os antigos companheiros disseram não as interferências do Governo na direção das escolas e mais tarde, deu-lhes um chute em suas pretensões de manter os sindicatos sob suas ordens.
O Governo sentiu o baque. Agora, luta com suas principais armas: A perseguição, intimidação, intrigas, ameaças, cortes de vantagens adquiridas, descumprimento de acordos e humilhações...uma guerra desleal para retomar o campo de mando.
Praticamente não tem mais nenhum sindicato, a colorir de vermelho suas campanhas. Com esses dissidentes se foram seus familiares e amigos. Ao fechar a conta, o Governo percebeu que não poderia arcar com tamanho prejuízo eleitoral e arregaçou as mangas para recuperar o prejuízo.
Não importa os maios (e isso faz parte de sua filosofia de luta) para retomar os sindicatos. Seu alvo, após perder as eleições do sindicato da Saúde é o Sinteac, onde o filão eleitoral é maior.

No contraponto de suas pretensões, tem uma categoria pronta a lhe dá o troco por todas as atrocidades que têm sido vítimas e uma liderança sindical (Rosana Nascimento), determinada em garantir a manutenção da autonomia e independência, duramente conquistadas. 


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