Consta nos anais dos bastidores policiais, uma história cabeluda envolvendo uma cliente acusada de ladra injustamente, uma loja conhecida nacionalmente (especializada em confecções feminina) e uma funcionária “baba-ovo”.
A cliente é funcionária de conhecida academia de ginástica da cidade. Foi a referida loja comprar roupas adequadas ao seu trabalho... Aquelas peças de “koton”, usadas para ginásticas.
Já em casa, a cliente teria notado que as peças haviam ficado muito justas e decidiu trocá-las na primeira oportunidade. Dia seguinte ao sair do trabalho, no final do expediente matinal, recorreu à loja levando as peças no interior de uma bolsa. Chegou ao caixa e expressou à funcionária, sua decisão de trocar as peças por outras de números maiores.
Uma a uma as peças foram retiradas da bolsa e colocadas sobre o balcão. Na hora de entregar junto a Nota Fiscal, a cliente percebeu que não havia levado junto e pediu um tempinho enquanto pedia por telefone, que o esposo fosse ao seu encontro levando a referida nota.
Aí a funcionária “baba-ovo” resolveu entrar em ação. Impediu que a cliente chamasse o “suposto” marido. Gritou que “Aquilo era golpe manjado” Ela (a cliente) estava era praticando um furto e incontinente, chamou a polícia.
A cliente é uma pessoa de cor. Saiu da loja direto para uma delegacia algemada como ladrona, diante de dezenas de testemunhas.
Na delegacia novo constrangimento. Não lhe foi permitido fazer ligação para o marido e foi colocada numa cela como ladra de confecções presa em flagrante delito. Já por vota das 16 horas, com fome e chorando muito, começou a fazer enorme barulho nas grades tentando chamar à atenção, até que um carcereiro - que havia acabado de entrar no plantão - foi vê o que estava acontecendo com a mulher e de “queixo caído” ouviu a história da infeliz dona de casa.
De imediato entrou em contato com a família e em questões de minutos, o marido apareceu na delegacia, levando consigo a Nota Fiscal da loja onde a mulher havia adquirido as peças.
Bem, o leitor deve estar se perguntando. E agora?
É a pergunta que também estou fazendo.
Imagino que a funcionária “baba-ovo” naturalmente deva ser demitida. A gerente dela vai querer fazer média com lei, ainda que a referida loja seja reincidente neste tipo de crime. A loja naturalmente pagará uma boa indenização para abafar o caso.
A cliente ficará com a imagem manchada e jamais se livrará da pecha de ladra, para as pessoas que assistiram o início mais não o fim da história e no dia seguinte, felizmente, o sol voltará a brilhar e a vida seguirá seu ritmo “normal”.
Aí ao lado, digo que tenho verdadeira fobia por bajuladores e a cada dia esse sentimento vai se consolidando. Dando-me a convicção que todo castigo para puxa-saco, É POUCO!!.
E mais não conto, por que....
Se eu citar o nome da loja e a história não tiver sido apenas fruto da imaginação de quem me contou?
Se eu citar o nome da cliente e ela resolver me processar também por ter exposto o nome dela?.
Enfim, a fonte jura pela alma da própria mãe que a história é verdadeira.
Se eu tivesse a mesma convicção, escancarava....
Mas a experiência profissional me faz lembrar que conselho, cautela e caldo de galinha, não fazem mal a ninguém.
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