Hildebrando condenado

Júri condena Hildebrando a 18 anos
de prisão e inocenta Alex e Adão

Dulcinéia Azevedo, do Jornal A Gazeta

Qua, 23 de Setembro de 2009 20:24

Soma das penas do ex-deputado em oito processos chega a 106 anos de prisão

Faltava 15 minutos para as 20h quando o advogado Jair Medeiros deixou a sala secreta onde se reunia o Conselho de Sentença, anunciando a absolvição de Alex Fernandes de Barros e Adão Libório, deixando o suspense em relação à situação de Hildebrando Pascoal. De volta ao plenário da Vara do Tribunal do Júri da comarca de Rio Branco, uma mulltidão aguardava ansiosa o veredito final.

O seblante de Hildebrando (foto) já não era o mesmo de outrora, quando exerceu o direito da autodefesa e conseguiu mostrar à sociedade os muitos exageros em torno do Caso Baiano. A ansiedade era coletiva. Acusadores, defensores, réus, familiares, serventuários da justiça, estudantes, populares, policiais, enfim, todos contavam os minutos para saber o desfecho do caso mais polêmico que o Acre já conheceu.

Depois de 36 horas de julgamento, finalmente o juiz Leandro Leri Gross passa a leitura da senteça. Hildebrando Pascoal foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado. Adão Libório e José Alex foram inocentados. O júri considerou que eles não participaram nem concorreram para o crime.

Este é a oitava condenação de Hildebrando Pascoal. Ele, que já havia sido condenado a 88 anos de prisão em outros sete processos, passa agora a ter uma sentença total de 106 anos de prisão. Hildebrando responde ainda pelo sequestro, seguido de cárcere privado, de Clerisnar Alves dos Santos e seus dois ilhos, julgamento que ainda não tem data prevista para acontecer. Hildebrando figura ainda como mandante do assassinato de José Hugo, no estado do Piauí. Hugo era marido de Clerisnar e matador de Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando.