Homem luta para viver durante
meses, fica curado e se mata
Rita e Zé Arruda, queridos amigos da nossa família há muitos anos. Eu conheci o casal em 79 quando cheguei ao Acre. Éramos vizinhos, no bairro Cidade Nova. Zé arruda já era integrante dos quadros da Polícia Militar e no final da década de 90, foi para reserva remunerada, ou seja, aposentou-se.
Sem muito o que fazer, e o dinheiro garantido ao fim de cada mês, atiçou a cobiça das pregoeis e aqueceu seu ego de garanhão, “pegador”. Mas segundo a própria Rita, sua velha companheira, apesar disso sempre foi um bom esposo e pai presente na educação dos filhos. Zé encantou-se por um rabo de sáia, ao ponto de deixar tudo para traz, inclusive e mulher e filhos. Foi viver seu grande amor.
Em busca de privacidade total adquiriu um lote de terras para os lados da BR364 (rumo a Porto Velho) e foi passar seus dias ao lado da mulher amada, dos bichos que começou a criar e amar. Passado algum tempo a companheiro “da hora” sentiu saudades da vida urbana. Largou mão do Zé Arruda. Arrumou a trouxa e partiu. O Zé ficou só em meio a galinhas, porcos, gansos e peixes. Sem alimentação adequada, adquiriu uma pneumonia após uma gripe mal tratada.
Veio para o hospital e ficou na condição de interno, sem acompanhamento de parentes. Rita a mãe os seus filhos, se penitenciou a cuidar do ex-marido como se nunca tivessem se separado. Havia dias que chegava em casa transtornada com o dever de informar o casal de filhos que só um milagre tiraria o pai deles de um leito da UTI no hospital Santa Juliana.
O enfermo chegou a ter paradas cardíacas. Seu estado de saúde foi considerado pelos próprios médicos como gravíssimos. Velhos amigos foram visitá-lo no hospital. Vê-lo pela ultima vez. Levar conforto espiritual a família. E para surpresa dos próprios médicos Zé Arruda, cheio de dreno nos pulmões e ligado a aparelhos para respirar, começa a se recuperar até receber alta médica.
Foram meses de sofrimentos para todos. Mas ele venceu a doença e voltou à vida. Recuperou a saúde, o peso e auto-estima. Ficou bem mais amigo de Rita e intensificou a aproximação com os filhos. Depois de alta médica passou quase um mês se restabelecendo aos cuidados da Rita no Conjunto Rui Lino, até que completamente curado, decidiu voltar para sua colônia. Afinal suas criações e plantações estavam precisando de cuidados.
Despediu-se da Rita e dos filhos. Passou no supermercado, fez o ranho avaliado para passar um mês e partiu. Passado aproximadamente 20 dias chega a noticias trágica. Zé Arruda, em estado de profunda depressão, agravado pela intensa solidão, não agüentou o tranco.
Cometeu suicídios com um disparo de arma de fogo na cabeça. Moral da história.. Depressão é uma doença bem mais grave que pneumonia aguda e outras doenças, ditas incuráveis.
Sem muito o que fazer, e o dinheiro garantido ao fim de cada mês, atiçou a cobiça das pregoeis e aqueceu seu ego de garanhão, “pegador”. Mas segundo a própria Rita, sua velha companheira, apesar disso sempre foi um bom esposo e pai presente na educação dos filhos. Zé encantou-se por um rabo de sáia, ao ponto de deixar tudo para traz, inclusive e mulher e filhos. Foi viver seu grande amor.
Em busca de privacidade total adquiriu um lote de terras para os lados da BR364 (rumo a Porto Velho) e foi passar seus dias ao lado da mulher amada, dos bichos que começou a criar e amar. Passado algum tempo a companheiro “da hora” sentiu saudades da vida urbana. Largou mão do Zé Arruda. Arrumou a trouxa e partiu. O Zé ficou só em meio a galinhas, porcos, gansos e peixes. Sem alimentação adequada, adquiriu uma pneumonia após uma gripe mal tratada.
Veio para o hospital e ficou na condição de interno, sem acompanhamento de parentes. Rita a mãe os seus filhos, se penitenciou a cuidar do ex-marido como se nunca tivessem se separado. Havia dias que chegava em casa transtornada com o dever de informar o casal de filhos que só um milagre tiraria o pai deles de um leito da UTI no hospital Santa Juliana.
O enfermo chegou a ter paradas cardíacas. Seu estado de saúde foi considerado pelos próprios médicos como gravíssimos. Velhos amigos foram visitá-lo no hospital. Vê-lo pela ultima vez. Levar conforto espiritual a família. E para surpresa dos próprios médicos Zé Arruda, cheio de dreno nos pulmões e ligado a aparelhos para respirar, começa a se recuperar até receber alta médica.
Foram meses de sofrimentos para todos. Mas ele venceu a doença e voltou à vida. Recuperou a saúde, o peso e auto-estima. Ficou bem mais amigo de Rita e intensificou a aproximação com os filhos. Depois de alta médica passou quase um mês se restabelecendo aos cuidados da Rita no Conjunto Rui Lino, até que completamente curado, decidiu voltar para sua colônia. Afinal suas criações e plantações estavam precisando de cuidados.
Despediu-se da Rita e dos filhos. Passou no supermercado, fez o ranho avaliado para passar um mês e partiu. Passado aproximadamente 20 dias chega a noticias trágica. Zé Arruda, em estado de profunda depressão, agravado pela intensa solidão, não agüentou o tranco.
Cometeu suicídios com um disparo de arma de fogo na cabeça. Moral da história.. Depressão é uma doença bem mais grave que pneumonia aguda e outras doenças, ditas incuráveis.
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