quinta-feira, 20 de maio de 2010

Nas entrelinhas

Entre o Palácioa e à Assembléia


Terça à noite, encontrei com o "cumpade" Raimundo Viana. Pescador irreverente que não dispensa uma oportunidade para tirar "sarro" da cara dos outros. Andava esquisito...
- Hei cumpade, que diabo cê tem pra tá andando desse jeito? perguntei.
- E ele..."cumpade, não é que me apareceu um tumor exatamente entre o Palácio e a Assembléia??..."
E continuou sua caminhana um tanto lenta, assim como criança quando tá com a frauda cheia.
Saí imaginando que,  nas entrelinhas  do comentário irreverente do cumpade Raimundo, havia  todo um conceito popular sobre  a classe política e os pobres poderes.

Claro que, por dedução e obveidade fica fácil imaginar a localização do incomodo furúnculo  do homem e o porque da denominação geográfica "entre o Pálácio e à Assembléia".

A hostilização contra os poderes refletida pela irreverência  popular é fruto do definhamento  de um sistema político criado para atender grupos e minorias.
Prova inconteste  de uma democracia em estado de necrose irreversível  por conta   da existencia de uma casta inescrupulosa de corvos que paira sobre nossas cabeças, a cada quatro anos.

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