terça-feira, 4 de novembro de 2008

QUEM DÁ MAIS?


A chácara "Boi não Há", é um hectare de terras adquiridas por nossa família, paga em módicas prestações a uma imobiliária da cidade. Fica localizada na Estrada de Sena Madureira distante de 08 km de Rio Branco. É onde passamos a maioria dos nossos fins de semana.
Eu, em particular a uso como refúgio do dia a dia agitado da cidade, suas manchetes sangrentas, seus assaltos e crimes de homicídios. Vez ou outra, um acidente de avião. Desligo tudo. Domingo à noite retorno a cidade e, cansado da lida pesada a que me submeto como terapia e exercício físico, mal assisto o “Domingo Espetacular” antes de apagar literalmente.
Na segunda feira, a TV nos coloca de volta a realidade com suas noticias sobre os corpos que passaram pelo IML, vitimas de acidentes, homicídios, suicídios, execuções enfim. Roubos, então já não chamam mais nossa atenção, são tantos... Enfim.
De volta a “Boi Não Há”, chegamos à conclusão que não poderemos mais mantê-la por muito tempo. Igual a um carro, chácaras significam despesas extras. Em dobro, que penalizam e exaurem nossos minguados rendimentos.
Sogro e Sogra, que antes viam a “Boi não Há” como um paraíso onde pudessem curtir as respectivas aposentadorias com tranqüilidade, os vêem agora como uma prisão. Não podem vir à cidade para uma consulta médica, exames de rotina ou um simples passeio. Não há mais ninguém para “botar sentido” nas plantas e nos animas. Dos peixes nos dois açudes e as frutas do pomar.
Durante uma “assembléia familiar” realizada há quinze dias. Várias opções foram apresentadas e apenas duas a serem aprofundadas como senda as mais viáveis.
Ou colocamos um “caseiro” ou vendemos a propriedade. Todos são contra mais concordam no ponto que sinaliza não haver outras alternativas.
Assim, estão abertas as propostas de venda para a “Boi não Há”. O lance inicial é R$ 40,00 mil. Amplamente avaliado pelo critério de localização e benfeitorias.
Dois açudes para criação de peixes. Trinta e oito pés de cocos, ingás, mangueiras já produzindo saborosos frutos, cana-de-açúcar e abacaxi.
Está localizada a 300 metros da beira do asfalto. Luz elétrica, água abundante e sinal perfeito de telefonia celular. Tem duas casas prontas para moradia, sendo uma medindo s 6x8 construídas ha menos de um ano. Caixas de água, bombas elétricas e tudo mais que há no interior da casa como sendo rak”s, TV, camas. Louças, utensílios, fogão, pias, mesas com cadeiras, jogo de estofados e freezer.
O nome fictício de ”Boi Não há” é apenas uma irreverência dos homens da família, em não mexem com qualquer espécie de “chifres”. Naturalmente lá, não existem bois.
Os interessados, entrar em contato com o fone 9985-2185 e 3229-3907.

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