terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Estamos na segundona


Sobre os sucessivos tropeços do VASCO

Recebo muitas cartas, e-mails e telefonemas, a maioria recheados de gozações devido à descida do Vasco da Gama para a segunda Divisão do futebol profissional do campeonato brasileiro. Naturalmente recebo as gozações por ser vascaíno. Lógico não iria dispensar um torcedor “daquele time” se ele estivesse caído em “nosso” lugar.
Lembro, no entanto, que por lá (pela segundona) já estiveram Botafogo, Palmeiras e Corinthians, Ceará, Vitória da Bahia e se não nos falha a memória, Atlético Mineiro (ou paranaense?), enfim.
A Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro tem conseqüências e valores desvirtuados, pois quem acaba sedo punido é o torcedor, cuja única culpa foi escolher o rebaixado como clube do coração. Torceu muito, riu com a vitória e chorou com as derrotas. Em campo jogadores excepcionais, bons, médios, ruins ou medíocres, espelham apenas perfil dos dirigentes. Alguns completamente desastrados.
No caso do Vasco da Gama do Rio de Janeiro, vivêssemos em um País com leis igualitárias, o senhor deputado federal Eurico Miranda estaria encarcerado, PRESO. Se verdadeiras forem à metade que mídia diz. Pelo menos é o que pensam 87% dos torcedores que responderam uma pesquisa na página oficial do clube na Internet.
Roubo, enriquecimento ilícito, desvio de personalidade e conduta, são suas marcas registradas ainda que durante anos, passasse a imagem de Vascaíno nº 1. Daquele que vendia a própria mãe por amor ao Vasco. Vendia mesmo, mas a mãe dos outros.
A CPI do Futebol descobriu fortunas depositadas em seu nome em paraísos fiscais. Parlamentar e com fórum “privilegiado” ele escapou da Justiça e hoje se arvora de competente. Até chegou ameaçar Roberto Dinamite (o atual presidente do Vasco da Gama) com processo judicial caso o Vasco despencasse para a Segunda divisão.
Dinamite não é cartola. Nunca foi. É um apaixonado pelo clube como milhões de torcedores. Achou que amor e honestidades eram ingredientes de uma ótima receita de sucesso para soerguer o Vasco da Gama. Que tais sentimentos (nobres) supririam a falta de recursos para investir em bons jogadores. Dinheiro que sempre sobrou para Eurico Miranda.
Nossos melhores craques eram vendidos a peso de ouro e substituídos por outros comprados a preço de bananas. O saldo de caixa escorregava para as Ilhas Cayman e outros paraísos fiscais. Restou-nos o elenco que o Brasil conheceu durante o campeonato.
Leandro Amaral, Edmundo e.... lá traz, Edvan, um baluarte batendo cabeça sozinho para se defender dos artilheiros. Mais ninguém.
A campanha do Vasco durante todo campeonato brasileiro em 2008 deram o tom do que seria a final. Dinamite fez o que podia ser feito. Os torcedores e jogadores, cada em com suas limitações, fizeram sua parte. Renato Gaucho (todos viram) se esforçava como psicólogo para fazer-se entender. Eurico Miranda está cada vez mais gordo feliz e mais rico. O Vasco da Gama, na segunda divisão.
Nós os torcedores, “pagando” a conta.

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