Porque não se combate a indústria da alagação?
Vivemos mais um drama com o eventual transbordamento do Rio Acre e a natural inundação de alguns bairros, entre eles: Santa Terezinha, Cidade Nova, Taquari, Baixada da Habitasa, Airton Sena e São Francisco.
Milhares de famílias sobrevivem a “indústria da alagação”, massageando o ego dos governantes da vez e chantageando o restante da população, chamada a socorrer as “vitimas da cheia”.
Já fiz incontáveis reportagens sobre o assunto. Elogiei quando o Poder Público retirou centenas de famílias das áreas de risco nos barrancos dos bairros Preventório e Dom Giocondo. Outras tantas reportagens criticando por não fiscalizarem o retorno das mesmas famílias retiradas.
Bairros com toda estrutura foram criados para acomodar as “vítimas da alagação”. Exemplo são os bairros: Jorge Lavocat, Tancredo Neves, Habitar Brasil, Esperança III... Os terrenos (ou casas) doados pelo poder público foram vendidos. Os moradores voltaram ao ponto de origem
Nos locais de alagação, todos os lotes desocupados antes, estão novamente servindo de “lar” para as mesmas famílias, formando um circulo vicioso sem fim. De quem é a culpa?
A Defesa Civil, eficiente em mobilizar parceiros públicos e privados em socorro às vitimas é omissa, inoperante em promover campanhas de esclarecimentos para que as áreas de riscos, não sejam reocupadas.
Os prefeitos, de olho espichado nos votos, se apressam em oferecer condições para as famílias permanecerem nessas áreas, oferecendo serviços públicos em locais que sabe, será levado pela correnteza. O Saerb leva água e a Eletroacre, com foco no faturamento, se apressa em estender rede de energia elétrica.
A Defesa Civil, composta em sua maioria por Bombeiros, acostumada em correr para apagar incêndios, age da mesma forma, demonstrando eficiência no socorro aos flagelados. Milhares de reais são jogados n’água.
Baixado o nível das águas, outros tantos milhões são gastos para desinfetar as casas alagadas. As famílias retornam as suas atividades até a próxima alagação. Estupidez sem limites.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Cota de alerta
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