quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O estigma do tatuado



Gravura no corpo denunciam

comportamento alienado


De cada dez presos na penal, sete são tatuados

“Nem todo tatuado é bandido, mas todo bandido é tatuado”. A frase é do delegado de polícia Civil Silvano Rabelo, um dos mais experientes delegados de polícia da capital. Foi dita a um jovem preso na delegacia do Grupo Anti Assalto (por suspeita de roubo - assalto), quando a especializada ainda funcionava no Conjunto Universitário.
A tese do bandido tatuado é também compartilhada pela delegada Wania Lília, ex-Delegacia da Mulher de Rio Branco.
Certa vez ela sugeriu a mim, quando eu fazia cobertura de reportagens policiais para o Jornal A Gazeta. “Por que você não faz uma reportagem alertando os jovens contra o uso indiscriminado de tatuagem. Eles fazem por modismo sem a noção do quanto essas gravuras na pele o discriminam, até para conseguirem emprego”.
E arrematava ela. “A tatuagem fica muito bem no corpo de jogadores de futebol e pagodeiros famosos. Nos pobres, é visto com muitas reservas e servem para excluí-los ainda mais”.
Tanto Wania Lília quanto Silvano Rabelo, estão cobertos de razão. Basta o interessado no assunto visitar o complexo penitenciário Dr. Francisco d’Oliveira Conde para se constatar que de cada dez presos, sete são tatuados.
O que leva nossos jovens a encherem o corpo de desenhos que em muitos casos nem os próprios sabem o significado? As tatuagens são usadas como digitais. São incontáveis os casos em que delinquentes são identificados por suas vitimas, devido às tatuagens que carregam no corpo.
O que se pode concluir é que as gravuras que enche os olhos da juventude alienada são as mesmas que servem para identificá-los quando promovem atitudes anti sociais.
Assim nossos jovens deveriam “caírem na real” e comprovar que pintar o corpo, é “a uma tremenda roubada”.


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