Os Autonomistas

Candidato quer transformar

Campinas em município

Esta semana, uma comissão de representação política do distrito de Campinas - uma comunidade distante 62 km da BR-364 sentido Rio Branco/ Porto Velho -, esteve fazendo uma manifestação pública em frente a Assembléia Legislativa, reivindicando apoio para aprovação da lei que transforma o distrito em município.

Duas questões merecem fazer parte do foco das discussões sobre o assunto. A primeira questão é: a quem interessa a transformação do distrito em município? Aos políticos, óbvio.

Em que setor se insere Campinas dentro da cadeia produtiva, para reivindicar sua autonomia política e administrativa? Qual benefício prático essa mudança traria para a população local?

Santa Rosa do Purus, Jordão, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo e Epitaciolândia são exemplos de equívocos que não devem ser repetidos.

Não produzem nada e vive exclusivamente dos repasses constitucionais que o Estado é obrigado a fazer através do FPE. Com exceção da classe política, não ouve ganhos para ninguém.

A criação de mais um município implicaria na divisão do bolo de aniversário de pobre. As fatias são tão reduzidas que todos ficam insatisfeitos. O Distrito de Extrema em Rondônia, primeiro fez um plebiscito e optou por pertencer a Rondônia. Agora a população de Rondônia foi chamada a votar para decidir se quer ou não, ter mais um município para dividir o bolo.

Porque então Campinas, liderada pelo político “Charqueiro” e duas dezenas de aposentados reivindicam tal prerrogativa?

O político, “Charqueiro” pelos motivos óbvios. Quer palanque que lhe dê visibilidade para as próximas eleições quando estará disputando mais uma eleição. Os aposentados, por motivos bem peculiares. Para eles, tudo é festa. Novidade passeio e diversão, afinal não têm mesmo o que fazer...

Se chamado a decidir alguma coisa defenderia até a criação do Estado do Juruá. Cruzeiro do Sul ao menos tem farinha. Campinas tem o que? Transformar Campinas em município é o mesmo que transformar o Segundo Distrito em município. Em ambos os casos, a mesma pergunta... Pra que???