Morre o ex-senador Jorge Kalume
Ter, 26 de Outubro de 2010 16:08
Morreu na tarde desta terça-feira (26) o ex-senador Jorge Kalume. O ex-parlamentar, que há um ano vinha lutando contra um câncer no intestino, teve uma parada cardíaca em casa, em Brasília. O velório será a partir das 10h desta quarta-feira (27) na capela 7 do cemitério Campo da Esperança, em Brasília. O enterro está marcado para as 16h30.
Nascido em Belém do Pará em 3 de dezembro de 1920, Jorge Kalume era filho do imigrante sírio Abib Moisés Kalume e da libanesa Latife Zaine Kalume. Jorge Kalume deixa três filhos - a jornalista Márcia, o médico Cláudio e o biólogo Dario - e três netos.
Em sua vida pública, Jorge Kalume atuou como deputado federal, foi prefeito de Xapuri e de Rio Branco e governou o Acre entre 1966 e 1971. Foi senador pelo estado do Acre entre 1979 e 1987 e no Senado ocupou o cargo de Segundo Secretário, responsável pela gráfica. Jorge Kalume também foi diretor financeiro do Banco da Amazônia em Belém e empresário.
Silvia Gomide / Agência Senado
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Mestre na política
Kalume tinha um jeito especial de dizer não
O então prefeito Jorge Kalume tinha um jeito próprio para dizer não |
A indescrição de um secretário possibilitou a este jornalista e blogueiro descobrir uma peculiaridade do então prefeito Jorge Kalume administrar a cidade. Atender a todos e nunca dizer não.
Estava eu certa vez no gabinete do secretário da Semsur (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos) engenheiro civil, Marco Antônio. A secretária dele bate a porta e entra entregando um bilhetinho que acabara de chegar pelo portador, encaminhado pelo prefeito.
Marcus passa vistas ao documento “escrito a mão” e com tinta vermelha. Abre um sorriso com o canto da boca.
Lhe pergunto: Problemas?
E ele entrega um segredo que só os secretários municipais sabiam.
- “Olha meu caro repórter e amigo, quando o chefe manda bilhete em letras vermelhas, significa que não pode ser atendido”.
No bilhetinho escrito de próprio punho, Kalume escreveu: Secretário Marco Antônio, veja a possibilidade de atender meu eleitor e amigo com uma carrada de areia”.
Gentilmente Marcos mandou a secretaria informar ao pedinte que a “pá carregadeira” estava quebrada. Pegasse o telefone do destinatário para informar-lhe quando seu pedido poderia ser atendido.
Pelo que sei, o eleitor do Kalume ainda está aguardando resposta.
Assim agia a velha raposa política
Pelo que sei, o eleitor do Kalume ainda está aguardando resposta.
Assim agia a velha raposa política
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