Energia elétrica, a súplica acreana
O sistema energético no Acre sempre foi problemático. Isso explica a falta de indústrias e desenvolvimento no Estado. Antes, no final da década de 90, nossas termo elétricas eram deficitárias, onerosas e nada confiáveis pelo desgaste natural dos equipamentos e consumo insuportável de óleo diesel.
E “redenção do Acre” seria a chegada das turbinas de Camaçari (BA), movidas a gás. Um considerável investimento que se pagaria em pouco tempo e ainda iria tirar o Acre da miséria pois que a capacidade de energia gerada pelas turbinas iriam atrair as grandes industrias.
Não levou muito para cair a ficha. As turbinas se mostraram pior que a encomenda. O sistema de sensor desligava tudo automaticamente ao detectar qualquer “clarão” pois que eram identificados como suposto incêndio.
Nos causava apreensão o menor sinal de mudanças de temperatura a e incidências raios/relâmpagos. Era certo que as benditas turbinas iriam parar de funcionar e deixar tudo as escuras.
E já ao final da vida últil das tais turbinas, elas simplesmente apagavam. O sofrimento era tamanho que o gerente regional da Eletronortes, mandou vir um especialista em turbinas elétricas. Para alegria dos acreanos o especialista identificou que o responsável pelos apagões eram “mucuras”. O parque de geração estava muito próximo ao matagal.
Em sua irreverência, o acreano taxou o especialista de “mucurólogo”.
Por centenas de vezes se cogitou voltar ao sistema antigo com às Termoelétricas. Vozes progressistas alegavam ser retrocesso.
Aí veio a “luzinha no fim do túnel”. Surgiu a remota possibilidade de sermos beneficiados com um linhão da hidrelétrica de Samuel, montada na Cachoeira de Samuel (RO). Quando finalmente o tão esperado linhão foi concluído, chegamos a conclusão e que só podia ser boicote dos rondonienses dado a péssima qualidade, quantidade, insuficiência e regularidade, com que a energia chegava ao Acre.
Mas... somos brasileiros e não desistimos nunca. Voltamos nossas expectativas para a nova promessa do Sistema Integrado Nacional. Finalmente mandaria mos nossos problemas às favas. Iriámos receber a mesma energia do centro oeste brasileiro. Direto da hidrelétrica de Paulo Afonso e/ou Itauipu.
Pois agora estamos dentro do sistema integrado e continuamos na mesma merda. Única e ultima alternativas? Atendimento pelo sistema de gestão participativa e auto sustentável.
Energia “elétrica” gerada por milhares de vaga lumes com súbitos clarões e demorados apagões – como é fornecido atualmente - ou apelamos à providências divina.
Nada a vê com o pedido de chuva que originou a música “súplica cearense”. Sem exageros... Apenas o suficiente para não estragar nossa comida da galeria. Fazer funcionar nossos eletrodomésticos, nossas “indústrias” e demais “coisinhas básicas”.
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