quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Jovens trocam escolas pelo tráfico

A marginalidade não é só  fruto
 das desigualdades sociais
Parece terrivel. Mas porque em liberdade os presos em condicional fazem o possivel para voltar?
Será que a marginalidade crescente e galopante é realmente fruto das desigualdades sociais?  A cultura, chave que nos abre todas as portas – há muito deixou de ser exclusividade de ricos. É fato que muitos ainda não têm acesso a universidade pública e os particulares fogem, ao alcance dos estudantes das classes menos aquinhoadas financeiramente.

Mas se existem - aleatoriamente falando – três mil vagas nos diversos cursos oferecidos pela UFAC e não alcançamos a média necessária para galgarmos uma das vagas, a culpa é do Governo?

Dizer que os alunos pobres não chegam às universidades porque não passam no vestibular, amparado na péssima qualidade do ensino na rede pública, procede? Quem por acaso não conhece uma autoridade de destaque em nossa sociedade que chegou onde está estudando em escolas e universidade pública.

Posso citar pelo menos dois, entre os inúmeros que conheço: Os desembargadores Arquilau de Castro Melo e Samuel Evangelista.

Mas vamos a fatos mais concretos para provar que as oportunidades existem. Hoje bem mais consistentes que ontem. Ainda assim, os jovens preferem o tráfico e muitos anos de ociosidade no presídio.

O Governo do Estado tem um programa de inclusão social que paga R$ 50, (cinqüenta reais) de ajuda de custo aos jovens que por alguma razão, não puderam ou não quiseram continuar os estudos e se perderam pelo caminho.

O resgate é feito por outros jovens contratados para ir à casa dos ex alunos, lhe propondo matricula e o dinheiro que no mínimo, cobrem o transporte de casa para o colégio.

Pois bem. Minha amiga Mônica - uma das jovens a procura de futuros estudantes -, caminhava pela periferia cerca de 8 horas diárias em busca de futuros alunos.

Teve que desistir porque estava sendo ameaçada, até de estupro.

Era tratadas com hostilidade e desdém por pseudas “vítimas da sociedade”. Em sua maioria uma ruma de párias acostumados a comer de graça no presídio e que tem horror a qualquer atividade rentável que não seja tomada dos outros, sob ameaça de armas.

Vitimas da sociedade? Pois... sim! Bandos de vagabundos se querem saber... Infelizmente nossas leis penais não punem o infrator, criminosos.

A hipocrisia de nossos legisladores insiste n’uma ressocialização de quem não quer ser ressocializado. Basta vê quem está matando, roubando e estuprando. Todos criminosos em liberdade condicional. Aqui fora, descobrem que tem que trabalhar – como todo mundo – para comer, vestir e se divertir. Até o motel é pago. Daí essa fissura para voltar ao presídio. Um paraíso para vagabundos. Muitos podem discordar do meu ponto de vista. Mas essa é minha opinião.

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