sexta-feira, 17 de abril de 2009

Diploma de jornalista

Tem que ser obrigatório para o exercício da profissão


No próximo dia 22, o Supremo Tribunal Federal (STF) estará votando matéria que muda a Lei de Imprensa e a obrigatoriedade do diploma de Jornalistas para o exercício da função.

Com freqüência leio opiniões sobre a polêmica e, como sou parte interessada no assunto resolvi meter meu bedelho também. Afinal é para isso que tenho e mantenho um blog.

Sou jornalista atuante há quase 20 anos. O curso de jornalismo só foi implantado no Acre há cinco anos e, portanto, sou dos que trabalham na profissão sem o devido diploma acadêmico.

Sou partidário da minoria que estando nessa situação, concorda em gênero número e grau, a obrigatoriedade do diploma sim. Ser contra é ser contraditório. Ainda que sem o diploma, nós não precisamos nos esconder ou ter vergonha de não ser doutor.

Afinal, não estamos exercendo a profissão de forma irregular. Temos amparo da lei que permite o exercício legal da profissão nos municípios onde ainda não havia faculdades de jornalismo e portando, temos Registro Profissional, expedida pelo órgão competente que é nos estados, a Delegacia Regional do Trabalho.

Não há o que ser discutido. O próprio STF votou liminar garantindo o direito de quem está há anos na profissão.

O fato é que, quem não tem competência não se estabelece e se alguém está estabelecido na profissão “há anos” é porque tem competência, independente de ser diplomado ou não.

Não se pode é exigir, pura e simplesmente, que após formado a primeira turma de jornalistas, os “outros” sejam banidos das redações e impedidos de trabalhar. Há que se mesclar o conhecimento e a experiência. Assim o sol continuará nascendo para todos.

Medo de federação ou conselhos federais de jornalistas por quê? Por acaso Corem, Crea, CRM e outros não existem para garantir os direitos de suas respectivas categorias. Porque os jornalistas não podem ter seu conselho ou federação?

Quem venham conselhos, federações e tudo mais que possam defender os profissionais honestos, expulsar ou punir os crápulas nojentos que se acham acima do bem e do mau, simplesmente porque são jornalistas.

É isso que defendo. É isso que penso.

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