efeitos da crise na economia no Acre
RIO BRANCO - A executiva do diretório do PT (estadual e municipal) retomou o ciclo de palestras e debates que haviam sido interrompidas no ano passado devido o calendário eleitoral.
Rose Escalabrine - executiva municipal - esclareceu que o objetivo das palestras é promover discussões temáticas em torno de assuntos que “possam eventualmente ser explorados pela oposição nas eleições de 2010”.
A abertura do calendário de palestras para este ano, teve como palco o auditório da UFAC/centro e reuniu dezenas de militantes e simpatizantes.
O tema escolhido foi “A Crise na Econômica Mundial e Seus Efeitos no Acre”.
Os palestrantes foram o deputado federal Fernando Melo (PT-Ac) e o professor de economia Carlos Alberto Franco da Costa, que fez uma explanação sobre as oscilações da crise na economia mundial, desde 1929.
Aos saudar os presentes o presidente da executiva do diretório estadual, Leonardo Brito, lembrou a militância presente que o “modelo econômico “neoliberal” imposto ao mundo pela economia americana, sempre foi combatida em praça pública pelo PT e, portanto, a “queda dessa política deve ser usada por nós e não contra nós”, em referência natural ao fato do PT está administrando o País nos últimos anos e saber que este será um dos discursos da oposição nas próximas eleições.
Abrindo o ciclo de palestra, o deputado Fernando Melo destacou que segue a mesma linha de raciocínio de Brito, e acrescentou: “O nosso País está sendo privilegiado pelo saldo positivo em nossa balança comercial”।
Em sua opinião, o lucro da nossa economia, saldo da austeridade da administração do presidente Lula, tornou possível a redução de impostos sobre os produtos industrializados - IPI dos automóveis, material de construção e eletrodomésticos - possibilitando o aquecimento do setor industrial.
A manutenção de empregos e salários, estímulo ao consumo e finalmente, mantendo nossa economia estável e bem mais confortável que a maioria de outras economias globais.
Ainda assim - lembrou o palestrante - não há como negar que todos nós, em maior ou menor escala, somos afetados pela crise. Exemplificando disse: nossos parceiros comerciais, descapitalizados, reprimem as importações. Nossa indústria reduz a produção e demite trabalhadores. Exaure-se o poder de compra do trabalhador. O comercio não vende e também é obrigado a demitir. O consumo despenca levando em seu bojo à arrecadação de impostos.
O reflexo é que sem arrecadar o Governo se vê obrigado a reduzir os repasses constitucionais através do FPE e FPM। Estados e municípios tem suas economias engessadas, atingindo inexoravelmente o simples trabalhador, que nem sabe por onde começou a crise.
A crise em seu nascedouro
De forma didática, Fernando Melo esclareceu aos presentes que a crise atual teve origem no mercado imobiliário de risco nos Estados Unidos, conhecidos “Sub Prime”
1º - Crédito de primeira linha alta liquidez
2º - Crédito de segunda linha com média liquidez
3º – Crédito de terceira linha com baixa liquidez.
Para o parlamentar acreano, esse segundo segmento ganhou força com o crédito facilitado. “O alto volume de recursos disponível e a redução das e exigências para se obter um financiamento”.
A partir de 2002 as financeiras deste segmento, começou a empacotar os créditos e vender essas “carteiras” para os bancos de investimentos.
Após a euforia do mercado imobiliário, cresceu a expectativa de inadimplência no setor. O valor dos títulos despencou e daí gerou a tensão que contaminou o mercado de crédito em geral. “O pânico se espalhou e chegou às bolsas de valores do mundo inteiro”.
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