sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Nossa Constituição

Não é a mesma que julga os crimes do governador de Brasília

Impressionante como a Justiça é lenta, na hora de julgar processos criminais envolvendo autoridades. A idéia sugere a existência de duas constituições. Uma que determina a igualdades de direitos perante a Lei, independente das condições (sic) sociais, de crença, cor e religião.
Nessa, estão os excluídos. Pobres, Pretos e Putas pejorativamente tratado por PPPs. Os desempregados e milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza absoluta.
Uma Constituição ágil, implacável e que obriga a Justiça agir com venda nos olhos.
A outra, embora fictícia, é mais popular. De conhecimento geral. Age conforme conviniências. Julga pelo cargo, importância social e saldo bancário. De tão lenta, chega a esquecer quem está julgando e relapsa, até extravia processos.
É a que está em curso no julgamento do processo de cassação do governador de Brasília, José Roberto Arruda (DEM) ai na foto, envolvido até a raiz dos cabelos em uma rede de corrupção. Apareceu inclusive em imagens de uma câmera escondida recebendo dinheiro de procedência de roubo.
Agora as emissoras de TVs trazem novas imagens de um emissário de Arruda pagando R$ 200 mil em espécie a um jornalista de Brasília, para que este mude seu depoimento em juízo. Afirme, entre outras sandices, que as imagens que o País viu são ficticas, só existem na imaginação fértil dos brasileiros.
Se esse cidadão Roberto Arruda aí, estivesse enquadrado na Constituição de 88, que defende o Estado de Direito e é respeitada pela esmagadora maioria dos brasileiros (entre os quais me incluo), há muito estava enjaulado, igual e tal um ladrão qualquer.

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