segunda-feira, 7 de julho de 2008

A fauna da Boi Não Há







Um olhar atento às obras
de
arte produzidas pela natureza

A chácara “Boi Não há”, pequena propriedade rural da nossa família, está localizada à 13km do centro de Rio Branco pela BR-364, sentido Rio Branco/Bujari. Nos serve de refúgio contra à agitação da cidade e seus apitos de sirenes. Rangidos provocados por pneus sobre o asfalto, em freios bruscos ou partidas intempestivas.

Nos deixa livres do som estridente das cornetas de vendedores de picolés, do bater de palmas do vendedor ambulante, do trabalhador biscateiro a procura de trabalho.

Do palavrão solto a esmo pelo estudante deseducado e do estalar irritante de pedaço de uma garrafa pety, preso entre raios de bicicletas usadas pela gurizada do bairro, cujo único objetivo é fazer barulho.

Sem falar na briga de gatos dentro do forro, na disputa pela gata no cio e no barulho alucinador provocado por motos possantes com silencioso adulterado, para nos transformar em neuróticos urbanos.

A Chácara Boi Não Há, é pois, um alívio para essas chagas sociais. Um bálsamo fitoterápico para nosso stres urbano. Ali nos despojamos da indumentária festiva e domingueira.

Nos equipamos de bota “Sete Léguas”, bermudas jeans, camiseta e chapéu de palha. Uma maquina fotográfica e muita perspicácia no olhar à natureza em busca de sua produção artística.

Ignorada naturalmente pelas pessoas acostumadas ao meio rural ou visitantes urbanos ocasionais, em busca de simples diversão. E foi a partir dessa “nova visão” que passei a registrar a presença de espécies que sempre estiveram lá, mas que não eram vistas.

Como o gavião “capoeiro” que é o terror dos galinheiros. Do jacaré-tinga nômade que assume o posto de comando em nosso açude sem ter sido convidado.

Do beija-flor, que protege seus pequenos ovos para garantir a sobrevivência da espécie. Da "cobra cipó" que tenta engolir uma rã com o triplo do seu tamanho. A terrível “aranha caranguegeira” que não se conhece nenhuma maldade feita por ela mas que é sempre eliminada, devido o “perigo” que representa e da lagarta, aparentemente inofensiva, capaz de provocar ardência praticamente insuportáveis ao tocarmos em seus pelos.

Tomei gosto pelo registro dos bichos, pássaros e insetos. O próximo desafio é fotografar o “João- pescador”. Um pássaro que fica flutuando no ar e mergulha para amergir com o peixe que só ele vê.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, a maravilha que é esse lugar onde a fauna tem o seu espaço livre para viver e nos podemos cutir esses momentos que Deus nos dá.Beijos, li.