quinta-feira, 24 de julho de 2008

O burocrata e o produtor

A presidente da federação dos trabalhadores do Acre (FETACRE), Sebastiana Miranda visitou o Polo Benfica

Fome Zero traz lucro zero para

quem trabalha e produz alimentos

O que não faz a burocracia... Produtores rurais, seduzidos pela propaganda oficial, direcionaram suas linhas de produção, para abastecer o programa do Governo Federal de Combate a Fome. Plantaram frutos e legumes. Focaram-se na criação de suínos, aves e peixes.

Pelo menos no Acre, estão acumulando prejuízos. No Pólo Benfica, por exemplo, a falta de ramais para escoamento da produção avaliada como sendo uma das maiores dificuldades virou questão secundária, diante dos prejuízos acumulados por falta de mercado consumidor. Há produtores que se dedicaram ao cultivo de Cupuaçu, Maracujá e Graviolas. Com financiamentos, compraram freezer “s.

O drama foi relatado esta semana pelo representante dos produtores rurais do ramal do Rodo, José Paulino da Silva, à presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado do Acre (FETACRE) Maria Sebastiana Oliveira de Miranda.

Há pelo menos cinco meses não vendem nada do que produzem. O Programa Fome Zero está parado. Não chegam os repasses para a Conab pagar os fornecedores. Estoque de poupas congelado lota geladeiras na zona rural. O prejuízo com desperdício de energia elétrica vai se acumulando.

Paralelo aos juros pagos as parcelas vencidas da compra dos eletrodomésticos, a burocracia impõe a sensação de caos. E tudo porque algum burocrata filho do cão, acostelado em poltronas confortáveis sob a delícia do ar refrigerado, não sabe e não quer saber como vive o produtor rural.

Sua indicação ao cargo - exercido com extrema incompetência - deve ter sido obra de uma acomodação política para atender algum derrotado nas urnas. Uma coisa horrorosa, que nos enoja até comentar...

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