segunda-feira, 9 de março de 2009

Doutora Márcia


Boas vindas e votos de melhor sorte



Desejo de coração que a nova secretária de segurança drª Márcia Regina de Souza tenha melhor sorte que a última mulher a anteceder-lhe na pasta de segurança do Acre, a procuradora de Justiça Salete Maia.

Praticamente canonizada Salete Maia, teve o "dom" de criar focos de descontentamentos em todos os setores da Segurança Pública e foi responsável direta pela primeira manifestação pública nas hostes da Polícia Civil no Estado do Acre.

Retirou gratificações, remanejou servidores, desqualificou peritos criminais e criou animosidades com a imprensa, ao afirmar que a imprensa do Acre era desqualificada, esquecendo que fora a mesma imprensa que a homenageou com o titulo de “Dama de Ferro”.

O ambiente na segurança pública ficou tão desfavorável, que não restou à procuradora, outra alternativa que não fosse o pedido de demissão, muito embora existam versões que ela foi convidada a pedir pra sair.

Quando desejo sorte à nova secretaria é por conhecimento que um currículo primoroso não é credencial ou referencia para um bom administrador. Por isso estou citando o nome de Salete Maia, igualmente portadora de currículo invejável.


A primeira impressão ficou mesmo


Em 1999, eu editava a página policial do jornal o Rio Branco. Na correria da redação nem sempre nos sobrava tempo para manusear todos os jornais antes de sairmos à rua na cata da informação.

No violento bairro Santa Inês, quadrilhas faziam arrastões contra o incipiente comércio deixando pequenos e médios comerciantes falidos. Assim, eu e a fotografa Rose Peres nos deslocamos ao bairro Santa Inês. O que coletamos em depoimento nos surpreendeu. Duplas em bicicleta paravam em frente a mercearias. O garupa sempre conduzindo uma escopeta, anunciava o assalto. Limpava o caixa subia na garupa e parava na próxima mercearia.

Após ouvir cerca de oito comerciantes resolvemos dá por encerrada as entrevistas. Partimos para o gabinete da secretária de segurança. Nossa intenção era fazer um relato das informações recebidas e saber o que poderia ser feito para amenizar àquela situação.

Assim, fomos anunciados por sua chefa de gabinete e 20 minutos após, autorizado a entrada na sala da mulher. A entrevista não durou um minuto. Antes de terminarmos o relato fomos enxotados aos gritos e muito barulho de socos na mesa. Tanto barulho levou a chefe de gabinete correr em socorro a chefe a trombamos na porta do gabinete, estreita para passagens duplas tão intempestivas.

A mulher, completamente descontrolada emocionalmente gritava que fomos lá orientados por nosso patrão com perguntas feitas, Queríamos apenas prejudicar sua administração blá, blá... E nós sem entender absolutamente nada do que estávamos vendo e ouvindo, saímos do prédio do extinto Banacre convictos que a secretária era louca de pedra.

Já na redação, folheando os jornais do dia descobrimos a razão do destempero e agressividade. Nosso concorrente, jornal A Tribuna havia saído naquele dia com manchete nada recomendável à sua administração a frente da segurança pública.

Enfim, foi o primeiro e ultimo contato que tive com a secretária. Já morta (que Deus a tenha no lugar merecido) mantenho o conceito que era completamente descontrolada e péssima administradora pública. Quanto a sua verdadeira função, promotora e depois procuradora de Justiça, só elogios, inquestionáveis e merecidos.

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