
Uma pessoa precisa ter filhos, plantar uma árvore ou escrever um livro. Só assim poderá justificar ou provar sua passagem por esse "vale de lágrimas" e se perpetuar perante a história.
Minha passagem pela terra está devidamente documentada. Tenho centenas de publicações (reportagens,entrevistas,temas, relatos e "causos") dos mais variados temas. Cinco filhos, cinco netos e muitas árvores plantadas.
No último fevereiro, emplaquei 55 anos. Nada menos que o dobro da idade dos muitos jovens de 25 e que se acham. Tenho histórias ainda estocadas que narrarei, se assim Deus permitir, aos bisnetos.
Aos netos, vou relatando fatos mais contemporâneos. Alertando-os contras as armadilhas que caí. Os inimigos que não pude evitar. As boas coisas que deixei de fazer e as coisas ruins que nunca devería ter feito.
Minha vida em vídeo-teipe, mostra crença exacerbada em coisas pequenas. Ideologias políticas, sociais e religiosas. Conservadas desde à adolescência sem nunca rever conceitos e avaliar necessidade de mudanças.
Intempestividade na expressão dos sentimentos, gesto e atos, sem medidas de conseqüências. O bate-pronto nas respostas que deveriam ser pensadas. Sem o pé atrás nas empreitadas infelizes e o freio de mão puxado, nas horas das decisões importantes.
Ser “velho” tem lá suas vantagens!
Quantos jovens de 25 anos você conhece com essa filosofia de vida?
Eu particularmente, nenhum.
E só vim absolver tais ensinamentos e experiências, após viver meio século. Antes, era como todo mundo com a metade da minha idade. Extravagante e alienado. Sempre estava certo. O resto do mundo é que estava errado.
Agora não. Tenho o senso mais crítico, refinado. Continuo achando que todos estão errados. Inclusive, EU.
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