quarta-feira, 21 de maio de 2008

Crime sem castigo

Corrupção abastece tráfico nos presídios brasileiros

O tráfico de drogas no interior dos presídios brasileiros pode ter sido um dos critérios da pesquisa divulgada em um relatório da ONU em 2007, classificando o Brasil como sendo um País racista, violento e corrupto.
Qualquer brasileiros em sã consciência, sabe - principalmente quem conhece o rigor da fiscalização implantada pelo sistema penitenciário - ser impossível alguém passar pela revista com bebidas, armas, telefones e drogas em dias de visitas, para o interior das celas.

A dedução óbvia, é que os responsáveis pela transgressão, são exatamente os servidores públicos pagos para não deixar que toda essa porcaria cheguem aos presos. Policiais ou Agentes Penitenciários.

Aqui mesmo no Acre, essa ocorrência está se tornando rotineira. Antes no presídio Francisco d’Oliveira Conde, agora no presídio Amaro Alves, teoricamente tido como sendo de “segurança máxima”.
Gente, não há mágica capaz de levar drogas, celulares ou cachaça, para o interior das celas. O nome para isso é corrupção, uma ação maligna implantada no seio da sociedade brasileira, estimulada pela impunidade.

Com freqüência incomum, detentos são levados a Delegacia Central de Flagrante para autuações por tráfico de drogas no interior dos presídios. E os fornecedores? Aqueles que abastecem os traficantes?

Estes são figuras anônimas encobertas pela impunidade. Objetos de "competente inquérito" onde “os culpados serão rigorosamente punidos”. Ao que se tem notícia, nenhum fornecedor do tráfico de drogas nos presídios locais, foi punido.

A pergunta que não quer calar é: Porque resultados dos rigorosos inquéritos nunca chegam ao conhecimento do público?

Em junho de 2002, um preso rendeu a guarda do presídio Manuel Nery em Cruzeiro do Sul, abriu todas as celas e se apossou das armas. Só não fugiu quem não quis.
Dos 22 presos que optaram por fugir, 13 ou 14 foram recapturados ou se entregaram. Os demais se escafederam por esse mundão afora.

Passados seis anos, o rigoroso inquérito para se apurar como um revolver municiado chegou até o preso, continua sem resposta. Esse caso é apenas um exemplo de como a corrupção tem cópias das chaves das celas dos presídios brasileiros e pelo que consta, poderes para nomear e demitir diretores, especialmente os que se aventuram acabar com a patifaria.

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