Porque pessoas morrem na fila dos transplantes?
São noticias rotineiras, transmitidas pela grande imprensa, mortes de pessoas em filas de espera por transplantes de órgãos, sendo os mais comuns coração, fígado, rins, córneas e ..etc.
Em busca de informações no DETRAN/AC sobre a data de vencimento das habilitações de condutores com datas anteriores as atuais, expedidas pelo sistema Renach, descobri algo que me chamou a atenção e resolvi dividir tais informações com os leitores aqui do Blog.
Olhem só! No Acre, existem 27.829 mulheres habilitadas a dirigir autos. Entre elas, 1.244 se declararam doadoras de órgãos. Entre os homens, dos 80281 habilitados, 3.054 se declararam doadores de órgãos. Muito bem. Em uma continha de somas simples chegamos 4.298 doadores de órgãos aqui no nosso Estado.
Somos apenas 108.110 condutores (entre homens e mulheres) habilitados para uma frota estimada em 117 mil veículos. Seria possível imaginarmos quantos são os habilitados em São Paulo com uma frota de dez milhões de veículos?
E vamos além..., desse contingente humano quantos são declarados doadores de órgãos? Especialista garante que o trânsito no nosso País é o grande responsável por mortes em acidentes. Ou seja, pessoas sadias e doadoras de órgãos. A pergunta é: PORQUE EXISTEM TANTAS PESSOAS MORRENDO NA FILA A ESPERA DE UM TRANSPLANSTE?
A resposta é óbvia: Porque esse é um serviço público, bancado pelo SUS. E no Brasil, o único serviço público que funciona de verdade é cobrança de impostos. E quando isso vai mudar? Quando eu for Presidente da República..... NUNCA!
Pesquisei na internet e descobri muita coisa sobre doação de órgãos. De acordo com informações do próprio Ministério da Saúde, existem no Brasil 117 instituições cadastradas para realizar transplante de órgãos: Rim (111), Medula óssea (13), Fígado (6), Coração (9) e Pulmão (3). Deste total, 40 estão localizados na Região Sul (PR, SC, RS) dos quais, 20 são Hospitais do Rio Grande do Sul.
No site http://www.adote.org.br/cont.htm tem mais informações sobre o assunto e republico uma matéria da drª Shirley de Campos, uma especialista que nos esclarece sobre todas as duvidas relacionadas.
Doação de órgãos para transplante
Dra. Shirley de Campos
-O que é?
O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto.
- Quem pode e quem não pode ser doador?
A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnóstico que levou à morte clínica e tipo sangüíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação de órgãos a não ser para aidéticos e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão.
- Quando podemos doar?
A doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Em geral, a pessoa se torna doadora em situação de morte encefálica e quando a família autoriza a retirada dos órgãos. A Lei nº 10.211, de março de 2001, dá plenos poderes para a família doar ou não os órgãos de seus parentes mortos.
- O que é morte encefálica?
É a parada definitiva e irreversível do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), provocando em poucos minutos a falência de todo o organismo. É a morte propriamente dita.
- Quem recebe os órgãos doados?
Testes laboratoriais confirmam a compatibilidade entre doador e receptor. Após os exames, a triagem é feita com base em critérios como tempo de espera e urgência do procedimento.
- Que partes do corpo podem ser aproveitadas para transplante?
O mais freqüente: 2 rins, 2 pulmões, coração, fígado e pâncreas, 2 córneas, 3 válvulas cardíacas, ossos do ouvido interno, cartilagem costal, crista ilíaca, cabeça do fêmur, tendão da patela, ossos longos, fascia lata, veia safena, pele. Um único doador tem a chance de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas.
- O que acontece depois de autorizada a doação?
Desde que haja receptores compatíveis, a retirada dos órgãos é realizada por várias equipes de cirurgiões, cada qual especializada em um determinado órgão. O corpo é liberado após, no máximo, 48 horas.
- Podemos escolher o receptor?
Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre indicado pela Central de Transplantes. A não ser no caso de doação em vida.
- Quais os riscos e até que ponto um transplante interfere na vida de uma pessoa?
Além dos riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte, os principais problemas são infecção e rejeição. Para controlar esses efeitos o transplantado usa medicamentos pelo resto da vida. Transplante não é cura, mas um tratamento que pode prolongar a vida com muito melhor qualidade.
- Quem são beneficiados com os transplantes?
Milhares de pessoas, inclusive crianças, todos os anos, contraem doenças cujo único tratamento é um transplante. A espera por um doador, que muitas vezes não aparece, é dramática e adoece também um círculo grande de pessoas da família e de amigos.
- Quem paga os procedimentos de doação?
A família não paga pelos procedimentos de manutenção do doador nem pela retirada dos órgãos. A cobertura destas despesas é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos planos privados de saúde não cobre este tipo de procedimento.
Fontes: Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos
Prefeitura da cidade de São José dos Campos - SP
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
2 comentários:
as pessoas tem que entenderem que outras vidas podem ser salvas sei que e muito doloroso perder um parente querido mais pense que o coraçao dele podera bater mais uma vez
sabe,
não é porque uma pessoa está morta que se deve esquece-la nem tampouco esquecer se desejo em doar seu orgãos!
ha, não tenho idade para me tornar uma doadora
porém sei que poderei fazer isso um dia e espero ter meu desejo realizado após minha morte:" desejo ter todos os meus orgãos doados "
mas eu irei ajudar essas pessoas que necessitam, sabe porque??
por que eu tenho certeza que elas fariam o mesmo, não só por mim mas por voce também
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