sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ganância fora de controle


Panificadoras já estão aumentando preço do pãozinho

A crise global das Bolsas de Valores e o galopante aumento do dólar, em relação ao Real, já despertaram a gula ensandecida de alguns donos de panificadoras.

Em São Paulo, por exemplo - apesar das explicações que ainda não foram mexidos nos estoques de uma excelente safra de trigo nacional e que a safra argentina sequer foi iniciada a colheita -, donos de panificadoras já estão aumentando o preço do pãozinho francês, pegando carona em uma crise que nem chegou perto de suas portas.

Isso sem mencionar um fato relevante: Antes da crise e aumento atual do dólar, houve uma redução de 30% no preço do trigo, mas que espertamente os empresários camuflaram o desconto impedido que ele chegasse à mesa dos consumidores.

O trigo importando e o aumento do dólar tem sido a desculpa descarada há séculos, para justificar aumentos sucessivos e abusivos dos derivados do trigo em nosso País.

Na prática, isso explica a resistência leonina dos empresários do ramo, pela não inclusão da fécula de mandioca ao trigo para fabricação de pães e biscoitos.

De acordo com a lei aprovada pelo Congresso Nacional em março deste ano, os 10% de fécula de mandioca adicionada à farinha de trigo vão compensar com folga, os 50% de trigo que a indústria nacional é obrigada a importar da Argentina para atender a demanda.

Com a mistura, seriam sepultadas as negociatas eventuais que existem por traz da exportação e definitivamente tiraria do comercio atacadista, a desculpa da necessidade de aumentos, devido aumento de dólar e importação.
Os comerciantes não querem isso. A população não reage e vai se tornando refém da ganância dos comerciantes e de uma política pública frouxa, que vira as costas para salvaguardar a economia popular.

Um comentário:

Maze Oliver disse...

É Nonato, não sabemos onde vamos parar com a ganância descabida. A verdade é que a vida é mesmo dos ricos! Aos pobres só restam as sobras ou a sobrevivência com o mínimo do mínimo. É triste mas é esta a realidade!