terça-feira, 6 de maio de 2008

Banco do Brasil


Caquético e egoísta, aos 200 anos o BB só pensa em lucro

Um senhor com 200 anos de vida, arquimilionário, cujo lucro líquido em 2007 ultrapassa a casa dos R$ 5 bilhões, menor que no ano anterior. Entre seu patrimônio, 15,3 mil filiais de suas empresas, com 39 mil pequenos postos de atendimentos (Caixa Eletrônicos) espalhados por todo País. Esse senhor é o Banco do Brasil.

Tutores e gestores de sua incalculável fortuna, o colocam nas melhores posições do ranking em todos os quesitos, na tentativa de agradar os empregadores e não largarem os postos que lhes rendem pequenas fortunas mensalmente, apenas em salários.
Para que o leitor possa fazer uma avaliação da quantidade de clientes do Banco do Brasil, só no Acre são 45 mil clientes distribuídas na capital e em alguns municípios onde o lucro se mostra compensador.
Para quem necessita dos seus serviços, as avaliações são negativas. A instituição aplica a política de supervalorização ao capital, deixando o lado social e o humano como parte indispensável ao sistema corporativo, responsável pelo aumento anual dos lucros.
Clientes e funcionários são peças manipuladas para se digladiarem diariamente deixando a insensibilidade e ganância patronal, acima do bem e do mau.
Na segunda-feira 5, cliente da agencia matriz do BB em Rio Branco assistiu os ponteiros do relógio completarem cinco voltas antes de ser atendido, na condição de 68º (sexagésimo oitavo) cliente de uma multidão de 178.
Do lado oposto do balcão, cinco funcionários escravizados sem tempo para ir ao banheiro. Insultados pela turba enfurecida com a morosidade natural do atendimento.
O Banco do Brasil não adota a velha máxima do custo/benefícios. Diretores avaliam apenas custos/lucros. Ou seja, menos empregados, menos custos operacionais com folha de pagamento, menos impostos e menos encargos sociais, mais lucros.
Na agência matriz (antigo Banacre) servidores estressados, exaustos e famintos, se unem em mutirão ao final da tarde para liberar os clientes trancafiados no interior da agência a partir do encerramento do expediente, às 14 horas. Assim, podem também irem para suas casas, descansar para nova batalha que travarão no dia seguinte.
O cliente espera entre cinco e seis horas para ser atendido. Busca a gerência para explicações. O gerente da “matriz” tenta justificar tamanha morosidade, usando os seguintes argumentos:
“Temos 45 mil clientes. A maioria, pessoas que pediram dinheiro e não pagaram. Querem perdão e ou renegociação de divida. Lotam diariamente às agencias. A política do banco é atender com o quadro funcional disponível. Não cogita promover concursos para novas contratações. Um simples gerente não tem autonomia para contratar ninguém”.

E os clientes! O que têm com isso?

Muita coisa! Como já disse faz parte do setor produtivo. Responsável pelos lucros fenomenais de 5 bilhões anuais do Banco do Brasil.
Quem não estiver satisfeito, pode recorrer a outras instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal, por exemplo. Com certeza encontrará um ambiente diferenciado na decoração. Quando ao quesito atendimento, será exatamente ao BB ou pior.
Se forem avaliadas as agencias privadas, deixamos as análises para a Colpélia, da comédia “Toma Lá, Da Cá” que sempre justifica o injustificável com o chavão: “Prefiro não Comentar”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Finalmente alguém levanta a voz contra a falta de vergonha da direção de uma instituição financeira, que não demonstra qualquer respeito aos cientes e seus funcionários. Parabens