sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Poucas & Boas

E O PRESO SUICIDOU-SE

No laudo do Instituto Médico Legal foi comprovado que Moisés Almeida de Sousa, 34, morto antes de entrar na cela da delegacia da Mulher, na madrugada de quarta-feira, sofreu agressão antes de morrer.

De acordo com o laudo assinado pelo médio Alberto Okamura, Moisés faleceu vítima de hemorragia e edema cerebral que evoluíram para traumatismo craniano encefálico. Durante a necropsia o médico legista encontrou indícios de espancamentos, o que caracteriza que ele teria sido agredido pelos policiais.

Na delegacia foi constatado a principio que o acusado tinha morrido em conseqüência de uma overdose, já que foi encontrado um papelote de droga em seu bolso. Qual a novidade da noticias? Nenhuma.
Polícia não mata preso especialmente dentro de delegacia. No final ficará provado por A+B, que o infeliz se jogou por sobre as grades da cela, até estourar o baço, fígado, pulmão e cabeça.
O testemunho ocular de uma pessoa que disse a imprensa ter assistido a brutalidade da policia na hora da prisão. Que os policiais chegaram a pisotear na cabeça do preso. E que ele quando foi preso estava escondido embaixo da cama. Que não estava agredindo o filho da dona da casa invadida. E que a própria vitima pedia que não batessem no invasor, etc e tal. De nada adiantará.
O homem se matou e ponto final.. Essa promessa de “completa apuração dos fatos e exemplar punição dos culpados” é pura balela. Quem viver verá.

CENTRAL DE INCUBAÇÃO FECHADA

Desde o início da segunda quinzena de dezembro do ano passado, a Central de Incubação - onde se chocam os ovos que geram as matrizes fornecidas aos criadores da região – está em recesso. No cadeado.

Enquanto isso, centenas de pequenos e médios produtores estão de braços cruzados. Entregues a gula dos atravessadores que vendem matrizes (pintos) com um dia de nascido por R$ 1.70. Na Central a mesma matriz é vendida a preço subsidiado por R$ 1,00.
Esse recesso prolongado engessa produção de frangos, desabas tece o mercado e por conseqüência provoca o encarecimento do produto para o consumidor final.

ARRE ÁGUA.

Há muito não se via por essas paragens chuva com tamanha intensidade, como a que se presenciou no início da tarde de ontem. Este blogueiro viu com “esses oios” que a terra há de comer, um seixo de pedra com aproximadamente uns 500 gramas, sendo levado pela correnteza formada na lateral da Nações Unidas, (ali em frente ao Cartório da Estação Experimental) com se fosse um simples pedaço de isopor. Gente vamos combinar.. Foi muita água. Até nosso “esgotão” conhecido por Rio Acre, subiu de nível, renovando as preocupações da coordenação estadual da Defesa Civil.

OPERÁRIO MACHUCA A TESTA E É
SUBMETIDO A EXAME DE PRÓSTATA



Um operário abriu um processo contra um hospital de Nova York, nos Estados Unidos, após dizer que passou por um exame de próstata "sem permissão". Ele foi socorrido no hospital depois que uma viga de madeira bateu em sua testa. Brian Persaud, de 38 anos, afirmou na Corte Suprema de Nova York que dispensou o exame de próstata diante da equipe de emergência do Hospital NewYork-Presbyterian. A equipe médica argumentou que o exame era uma necessidade para saber se havia sofrido danos na coluna vertebral.

O pessoal da emergência insistiu em examinar sua próstata. Ele foi agarrado e suplicava para que não fizessem o exame. "Por favor, não façam isto", disse Persaud, conforme relato de seu advogado. A direção do hospital nega qualquer tipo de agressão e pediu para o caso não ir adiante na Corte Suprema de Nova York, mas a juíza do caso negou o pedido e marcou o início do julgamento para 31 de março. Pelo acidente com a viga de madeira, Persaud levou oito pontos na testa. Fonte: extraonline.

ERRO SEMELHANTE JÁ CONTECEU NO ACRE

Em Rio Branco-Acre, uma mulher fez exame de secreção nasal, mas recebeu resultado de um exame de secreção vaginal. E eu sou testemunha ocular desse fato escabroso.

O guardo como um dos episódios (tem outros) mais vergonhosos que presenciei durante os dez anos em que fui repórter policial do Jornal A GAZETA.
O famigerado tráfico de influencia não permitiu, lamentavelmente que a história chegasse ao conhecimento do público.
Ao relatá-lo agora, não tenho qualquer pretensão de “repor a verdade no devido lugar”, abrir frente de atritos com as pessoas envolvidas ou criar polêmica.
Apenas lembrei do caso ao lê a reportagem sobre o trabalhador americano.
Os personagens de o relato a seguir, estão todos vivo (com exceção do jornalista Zé Leite) e como já se passaram mais de dez anos, não recordo o nome da vitima e do marido da bioquímica responsável pela assinatura do exame.

Seguinte: Uma leitora ligou para redação no início do expediente. Queria a presença de um repórter, pois tinha uma grave denuncia a fazer. Foi para o endereço fornecido. Conjunto Belo Vista (quadra e nº da casa) referência era ao lado do prédio da Emurb.
A vitima, uma mulher de idade média de 32 anos se deixou fotografar mostrando o resultado do exame..

Disse que sofria de sinusite crônica. Por recomendação do seu médico foi ao laboratório Carlos Chagas onde foi feito à coleta de secreção nasal. Quando foi buscar o exame, o resultado era negativo para a coleta de secreção “vaginal”.
Ela (a vítima) era uma pessoa bem humorada. Demos boas risadas juntos, fazendo comparação entre diferença e distancia dos órgãos envolvidos no exame.
Disse-me que não queria indenização por danos, nem por constrangimento. Apenas denunciar a incompetência de um laboratório, tido na época como o melhor e mais bem equipado do Acre.

O exame estava assinado pela bioquímica “Sonha” que seria também junto com o marido, dona do laboratório Carlos Chagas.
Do Bela Vista rumei para o endereço do laboratório ouvir o outro lado da história. O endereço era Rua Coronel Alexandrino – em frente ao então Mundo do Plástico onde hoje funciona a sede matriz da empresa comercial “Igreja Universal do Reino de Deus” no bairro do Bosque.

Na rápida entrevista que tive com a bioquímica ela não foi nem um pouco cortez.
Sugeriu que o assunto não era importante e não devia ser publicado. Depois exigiu que as perguntas fossem feitas por escrito.


Fui pra redação. Redigir as perguntas e retornei ao laboratório. Sonha se recusou em respondê-las. Alegou que as perguntas estavam “direcionadas”.

De volta a redação teve início à pressão para que a matéria não fosse publicada.
Primeira ligação veio do colega de redação, o colunista social Haw Campos. Disse que aquele tipo de noticia iria prejudicar a imagem do laboratório. Que a Sonha era gente boa e sua amiga. Etc... Não dei importância aos argumentos do Haw.

Depois recebi uma ligação do meu ex-editor. O jornalista Zé Leite (já falecido). Era amigo da família de Sonha e também alegou prejuízos morais e comercial com a publicação da matéria. Contra argumentei sobre os prejuízos da vitima e não disse que sim nem não.
Horas mais tarde adentrou a redação o marido da vitima. Um médico clínico geral bastante conhecido, mas que lamentavelmente não vêm na memória sem nome. Quem o conhece, sabe de quem estou falando.
Apresentava sintomas de que havia ingerido bebida alcoólica. Ameaçou, exigiu e esbravejou para que a meteria não fosse publicada. E eu ali, determinado a publicar a qualquer custo até que meia hora mais tarde, recebo outra ligação. Dessa vez, do dono do jornal.
De forma bem curta e grossa, ele disse: “Essa matéria sobre o laboratório Carlos Chagas não deve ser publicada”.
Gente, aquilo para mim foi a gota d’água. De forma igualmente ríspida, curta e determinada.. respondi:...“Sim senhor!!!..... chefe”.

Por hoje é só.

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